Pai e filho são presos levando carne estragada para comércio

Detidos em Tatuí (SP) levariam carne a Sorocaba (SP), diz polícia.
Além deles, dona da empresa e um funcionário também foram presos.

Um homem e o filho dele foram presos na tarde desta terça-feira (13), em Tatuí (SP), transportando para um comércio peças de carne estragadas, sem nota fiscal e em um carro sem refrigeração, diz a Polícia Civil. Eles trabalham em uma distribuidora de carnes da cidade. Além deles, a proprietária do comércio, ex-mulher do homem, e um funcionário foram presos. Os quatro responderão pelo crime de fornecer alimento impróprio para consumo, afirma o delegado José Luiz Silveira Teixeira. A distribuidora foi interditada, diz ele.

Dentro do açougue carne era estocada em desacordo com o exigido (Foto: Divulgação/ PM Tatuí)Dentro do açougue carne era estocada de foram
irregular (Foto: Divulgação/ PM Tatuí)

O carro que levava algumas peças de carnes foi parado durante blitz da Polícia Militar, explica Teixeira. “A carne era levada na parte de trás do veículo sem nenhuma refrigeração. Segundo a Vigilância Sanitária, a carne estava estragada e cheirava mal. O alimento foi destruído.”

Em depoimento aos policiais, o motorista afirmou que distribuiria as peças para Sorocaba (SP). “Além de serem levadas de forma irregular, as peças não tinham nota fiscal. Questionamos pai e filho e eles falaram que esqueceram a nota. Mas quando alguém trouxe para eles o documento a hora de expedição apontava 12h40, enquanto que eles haviam sido detidos às 12h20”, afirma.

Depois de apreenderem pai e filho, a Polícia Civil, Militar e a Vigilância Sanitária foram à distribuidora de carnes, que fica no Jardim Lírio. No local acharam peças de carne conservadas de forma inadequada, além de descobrirem que o estabelecimento está sem alvará da prefeitura desde 2015. “Peças de carne eram guardada em uma câmara fria à 11°C de temperatura, enquanto o correto seria abaixo de 0°C, conforme a vigilância”, explica.

Devido às condições das carnes guardadas na empresa é que a proprietária e o funcionário responderão criminalmente, conta o delegado. “A Vigilância Sanitária vai verificar se essas carnes ainda podem ser consumidas ou se precisarão ser descartadas. Vai verificar também a procedência delas, isto é, onde foram compradas, se o número do selo bate com as notas fiscais.”

Outro veículo que estava na empresa e também não tinha sistema de refrigeração foi apreendido. A empresa ficará fechada, enquanto as quatro pessoas ficarão presas em Boituva à disposição da Justiça.

Reincidência
De acordo com a Polícia Civil, o homem e a ex-mulher dele, presos nesta terça-feira, já foram detidos em março deste ano por manter um frigorífico clandestino em Tatuí. Na ocasião, a polícia achou um contêiner com 715 quilos de carnes bovina e suína no quintal da casa dos suspeitos, no Jardim Bela Vista. Eles vendiam espetinhos à população na época.

Na ocasião, a proprietária e o homem foram levados à delegacia e depois liberados. Havia alimentos embalados sem rótulos e prazo de validade. A polícia foi ao local depois de receber uma denúncia anônima por telefone.

Segundo informações da supervisora técnica da Vigilância Sanitária de Tatuí, Juliana Hossnann de Camargo, os proprietários do frigorífico clandestino não possuíam licença ambiental, nem da prefeitura. Eles também não tinham nota fiscal das carnes.

Pai e filho transportavam carnes em carro sem refrigeração (Foto: Divulgação/ PM Tatuí)
Pai e filho transportavam carnes em carro sem refrigeração (Foto: Divulgação/ PM Tatuí)

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