Salões subterrâneos revelam o outro lado das belezas de Minas

Não é preciso ser um especialista em arqueologia ou espeleologia para desvendar segredos e belezas, escondidos sob a terra em Minas Gerais. Nem mesmo um turista ao melhor estilo “caçador de tesouros”.

Com a chegada do período de férias, um momento de folga é a oportunidade certa para os amantes da natureza e aventureiros fazerem uma visita aos patrimônios naturais do estado e conhecer a diversidade existente no interior de suas cavernas e grutas.

A Gruta de Maquiné é considerada o berço da paleontologia brasileira

A Gruta de Maquiné é considerada o berço da paleontologia brasileira

Segundo dados do Cecav (Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas), vinculado ao ICMBio  (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), há 6.303 cavidades registradas em Minas Gerais, incluindo grutas, cavernas, abrigos e lapas.

Nem todas as grutas têm potencial para visitação turística, seja pela sua localização e dificuldade de acesso, seja pelas suas características espeleológicas que podem demandar um isolamento, ou ainda pela falta de segurança devido às condições naturais. Mas em 11 unidades de conservação estaduais, sob gestão do Instituto Estadual de Florestas, há grutas abertas à visitação, sendo as principais no Monumento Natural Estadual Gruta Rei do Mato, Monumento Natural Estadual Peter Lund, Parque Estadual do Sumidouro e no Parque Estadual Lapa Grande.

O Peter Lund, localizado no município de Cordisburgo, é o que recebeu mais visitas em 2016. Segundo o IEF, até o mês de novembro foram registradas 43.842 visitas.

A Gruta da Lapinha, descoberta por volta de 1835 pelo naturalista dinamarquês Peter Lund

A Gruta da Lapinha, descoberta por volta de 1835 pelo naturalista dinamarquês Peter Lund

Principal atrativo do monumento natural, a Gruta de Maquiné é considerada o berço da paleontologia brasileira. Possui sete salões com belíssimas formas arquitetônicas, esculpidas pelo trabalho da água durante milênios, que encantam e instigam a imaginação dos visitantes. Abrigam, ao longo de 650 metros, belas esculturas naturais e estalactites de diversas formas no teto da caverna.

No ranking da visitação, em seguida encontra-se o Parque Estadual do Sumidouro, em Lagoa Santa, com registro de 33.470 visitantes. No local está a Gruta da Lapinha, descoberta por volta de 1835 pelo naturalista dinamarquês Peter Lund.

Interior da gruta Rei do Mato

Interior da gruta Rei do Mato, na cidade de Sete Lagoas

Lapinha abriga nos 511 metros de extensão oito salões que podem ser visitados e recebem nomes relacionados às características das formações rochosas, encontradas em diferentes partes da gruta.

O terceiro monumento mais visitado é a Gruta Rei do Mato, em Sete Lagoas, que registrou a entrada de 18.728 visitantes. Impressiona pela sua dimensão de 998 metros de extensão, onde são encontradas estalactites e estalagmites raras em todo o mundo.

Interior da gruta da Lapinha

Interior da gruta da Lapinha

A Rei do Mato é considerada por especialistas uma gruta “viva”, já que está em contínuo processo de formação, devido à ação da água.

Na Grutinha, que fica ao lado da Rei do Mato, existem pinturas rupestres, feitas com sangue e gordura vegetal, que datam de 6 mil anos.

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