Agricultores investem em seguro rural para prevenir prejuízos

Aplicação previne possíveis perdas, segundo produtores de Itapetininga.
Ministério da Agricultura aponta que SP é o 3º estado com mais seguros.

Mais atentos ao enfrentamento de perdas, os agricultores na região de Itapetininga (SP) têm aumentado o investimento no seguro rural. Segundo eles, a aplicação ajuda a prevenir os possíveis prejuízos com as safras.

Produtor de trigo no município, o agricultor Celso Ventura conta que não dava importância para o seguro da colheita até que sofreu um problema e mudou de opinião. “Planto em lavoura há muitos anos, nunca tinha feito seguro por não acreditar nisso. De uns quatro anos para cá fizemos, até que aconteceu uma seca em uma das safras e me pagaram certinho. Foi legal. Desde então, faço seguro todo ano”, revela.

O produtor de eucalipto Wilson Nei Theodoro de Syllos relata que foi o seguro rural que o livrou de sofrer grandes perdas quando teve parte da propriedade queimada. “Há dois anos tivemos um início de incêndio e queimou aproximadamente dois alqueires da nossa área. Mas como tínhamos o seguro, fui ressarcido”, diz.

De acordo com o Ministério da Agricultura, o Estado de São Paulo é o terceiro no ranking do seguro rural, atrás apenas do Paraná e do Rio Grande do Sul, com R$ 400 milhões neste ano. O crescimento no índice é de 41%, quando comparado ao ano passado, em que se investiu R$ 282 milhões.

A representante de seguros Kátia Rocco Rebelis explica que os benefícios fornecidos atraem os agricultores. “Nos últimos 10 anos houve um crescimento muito grande do seguro rural, tanto em áreas contratadas quanto de novas coberturas, de melhorias para o produtor. Eles veem maior valor agregado na oferta do seguro”, indica.

Seguradora faz monitoramento de áreas por celular, diz corretor (Foto: Reprodução/TV TEM)
Seguradora faz monitoramento de áreas por
celular, diz corretor (Foto: Reprodução/TV TEM)

Para as seguradoras, o risco da ação é mínimo. Mesmo com um espaço de cobertura tão extenso, o corretor Simeão Barbosa da Silva garante que o monitoramento das propriedades é fácil. Com a ajuda de satélites, as empresas conseguem impedir possíveis fraudes de transferência de área assegurada. “Quando o segurado procura o corretor, a gente localiza por meio de celular ou computador qual é a localização dele no georeferenciamento, que identifica a latitude e longitude da área. A partir daí, temos o controle de onde é a cultura desse agricultor”, pondera.

No entanto, conforme o corretor David Elias Martin, a agricultura brasileira não está totalmente familiarizada com o seguro rural. “Ainda falta muita informação porque é um produto novo no Brasil. No mundo, esses seguros existem há 50 ou 70 anos e aqui é muito recente. Ainda não há uma cultura apurada para esse produto, então é interessante que as coisas fiquem claras para o produtor, para que ele não pense que está comprando uma coisa e levando outra”, conclui.

Investimento no seguro rural aumentou 41% em 2016, diz Ministério da Agricultura (Foto: Reprodução/TV TEM)
Investimento no seguro rural cresceu 41% em 2016, diz Ministério da Agricultura
(Foto: Reprodução/TV TEM)

Eleições 2016: o que faz um vereador

Além de propor leis e votar, vereadores devem fiscalizar o Executivo.
Em 2012, 56 mil vereadores foram eleitos em todo o país.

A cada quatro anos, brasileiros em todo o país se mobilizam para eleger os vereadores das suas cidades. Em 2012, mais de 56 mil vereadores foram eleitos em todo o país para ocupar as Câmaras de cada uma das cidades do Brasil.

Mas o que faz um vereador? Veja abaixo os principais pontos para entender melhor o cargo político.

Requisitos
Para se candidatar a vereador, a pessoa precisa ter o domicílio eleitoral na cidade em que ela pretende concorrer até o dia 2 de outubro de 2015 – ou seja, um ano antes da eleição – e precisa estar filiada a um partido político até o dia 2 de abril de 2016. Além disso, precisa ter nacionalidade brasileira, ser alfabetizada, estar em dia com a Justiça Eleitoral, ser maior de 18 anos e, caso seja homem, ter certificado de reservista.

Número de vagas
Cada Câmara pode ter no mínimo 9 e no máximo 55 vereadores. O total de vagas depende do tamanho da população de cada cidade. Em São Paulo, por exemplo, que é a maior cidade do país, com quase 12 milhões de habitantes, são 55 vereadores eleitos a cada quatro anos. Já no menor município do país, Serra da Saudade (MG), que tem apenas 818 pessoas, são apenas 9 vereadores.

Plenário da Câmara de SP (Foto: Roney Domingos/ G1 )Plenário da Câmara de São Paulo, que tem 55 vereadores
(Foto: Roney Domingos/ G1 )

Salário e horário de trabalho
O salário dos vereadores segue a mesma lógica, ou seja, depende do número da população da cidade. Em cidades pequenas, de até 10 mil pessoas, os salários devem ser no máximo 20% do salário de um deputado estadual daquele estado. O percentual aumenta de acordo com o número de habitantes, até chegar a 75%, no caso das cidades com mais de 500 mil habitantes.

Quanto ao horário de trabalho, ele muda de cidade para cidade, pois não há uma regra fixa. É possível propor e aprovar projetos de lei determinando horários específicos ou cargas horárias a serem cumpridas, mas isso depende de cada cidade.

Trabalho no Legislativo
Os vereadores fazem parte do poder Legislativo e, como tal, elaboram, discutem e votam as leis municipais – ou seja, que envolvem impostos municipais, educação municipal, linhas de ônibus, saneamento, entre outros temas da cidade.

Para discutir e votar durante as sessões legislativas, os vereadores se organizam em partidos. Há os partidos que são considerados da base do governo (não apenas o partido do próprio prefeito, mas outros que apoiam a sua gestão) e os considerados de oposição.

Mas isso não quer dizer necessariamente que um vereador que faz parte da oposição vai votar sempre contra as propostas do prefeito, pois, apesar das disputas políticas, os parlamentares devem ter seus interesses pautados pelo interesse da coletividade. Isso porque cada vereador é eleito de forma direta, pelo voto, sendo um representante da população. Por isso, deve propor projetos que estejam de acordo com os interesses e o bem-estar da população.

Votações de projetos
Mesmo com as disputas políticas, acordos têm que ser feitos para chegar a decisões, já que são os votos da maioria que contam. Isso acontece quando são apresentados projetos, emendas e resoluções, por exemplo. Eles têm que passar por comissões, como a de Constituição e Justiça e a de Finanças, e ir para votação no plenário.

Mesmo depois de aprovados, projetos e emendas precisam passar pelo prefeito, que pode vetar total ou parcialmente ou aprovar. Quando há aprovação, o projeto é publicado no Diário Oficial da cidade e vira lei.

Caso o projeto seja vetado, mesmo que parcialmente, ele deve voltar a ser discutido pelos vereadores, que têm que decidir se aceitam ou não a decisão do prefeito.

É importante destacar que não são apenas os vereadores e o prefeito que podem apresentar projetos de lei. Os eleitores também podem propor mudanças na Lei Orgânica do município. Para isso, precisam coletar assinaturas de pelo menos 5% do eleitorado da cidade.

Professores realizam protesto em frente a Câmara Municipal do Rio de Janeiro, chegando a interditar a Avenida Rio Branco. Integrantes do Black Bloc participam da passeata. (Foto: Reynaldo Vasconcelos/Futura Press/Estadão Conteúdo)Protesto em frente a Câmara Municipal do Rio de Janeiro;
é dever da população cobrar dos representantes
(Foto: Reynaldo Vasconcelos/ Futura Press/Estadão Conteúdo)

Função fiscalizadora
Além das votações, os vereadores também têm o poder e o dever de fiscalizar a administração, cuindando da aplicação dos recursos e observando o orçamento. Ou seja, é dever deles acompanhar o poder Executivo, principalmente em relação ao cumprimento das leis e da boa aplicação e gestão do dinheiro público.

São os vereadores que julgam as contas públicas da cidade – julgamento que acontece todo ano com a ajuda do Tribunal de Contas, que é um órgão assessor de fiscalização do próprio poder legislativo, apesar de seu nome sugerir que ele faça parte do poder judiciário.

É dever dos vereadores examinar bem as contas da cidade, sendo que ela apenas são rejeitadas se dois terços dos parlamentares concordarem com isso.

Juntamente a esse dever, os vereadores também devem checar se o prefeito e outros funcionários públicos, incluindo eles mesmos, estão desrespeitando alguma lei.

Dever do eleitorado
Para companhar se os vereadores estão cumprindo bem seus deveres perante a população, os eleitores podem ir às sessões legislativas ou mesmo conversar com os vereadores em seus gabinetes. Caso o eleitor descubra alguma irregularidade, é possível fazer uma denúncia ao Ministério Público.

Isso porque, resumindo, o vereador é a ligação entre o governo e o povo. Ele tem o poder de ouvir o que os eleitores querem, propor e aprovar esses pedidos na Câmara e ficar de olho para ver se o prefeito e seus secretários estão colocando essas demandas em prática. Por isso, é importante acompanhar para ver se o trabalho está sendo bem desenvolvido.

Foto Principal Captada Internet ( Ismar Bastos )

Eleições 2016: o que faz um prefeito

Prefeito precisa administrar recursos e elaborar políticas públicas.
Em 2016, deverão ser escolhidos prefeitos para 5.568 cidades do país.

Mas o que faz um prefeito? Veja abaixo os principais pontos para entender melhor o cargo político.

Requisitos
Para se candidatar a prefeito, a pessoa precisa ter o domicílio eleitoral na cidade em que ela pretende concorrer até o dia 2 de outubro de 2015 – ou seja, um ano antes da eleição – e precisa estar filiada a um partido político até o dia 2 de abril de 2016. Além disso, precisa ter nacionalidade brasileira, ser alfabetizada, estar em dia com a Justiça Eleitoral, ser maior de 21 anos e, caso seja homem, ter certificado de reservista.

Salário
O salário do prefeito é definido pela Câmara Municipal de cada cidade. Os vencimentos variam de município para município. O valor só não pode ser superior ao teto do STF (Supremo Tribunal Federal).

Trabalho no Executivo
O prefeito é o responsável pelo poder Executivo e, como tal, deve colocar em prática o conjunto de intenções de seu governo. Entre suas funções, está decidir onde aplicar os recursos provenientes de impostos municipais, como o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e o ISS (Imposto sobre Serviços), e as verbas decorrentes de repasses feitos pelo governo estadual e pelo governo federal.

O prefeito também deve elaborar políticas públicas de educação, saúde, moradia, saneamento básico, entre outras, garantindo o pleno funcionamento dos serviços considerados essenciais à população.

É dever do prefeito ainda fazer acordos com os governos estadual e federal, pedindo auxílios quando for necessário, e tomar decisões que mantenham a cidade funcionando.

Mas o prefeito não governa sozinho. Ele nomeia secretários como seus auxiliares e precisa trabalhar junto com os vereadores do município.

É responsabilidade do prefeito, por exemplo, analisar as leis feitas pelos vereadores e decidir se sanciona ou se veta os projetos. O prefeito também pode, ele mesmo, propor à Câmara projetos de lei para serem discutidos e votados.

Lei Orçamentária Anual
O mais importante, no entanto, é que o prefeito cumpra com a Lei Orçamentária Anual. A LOA é é uma previsão de todas as receitas e autorização de despesas públicas para o ano. O documento define as fontes de receitas e as despesas para cada órgão dos poderes Executivo e Legislativo, incluindo despesas com pessoal, custeio e investimentos e estabelecendo valores. Se houver alguma despesa fora do previsto na LOA, é necessário que uma lei complementar seja aprovada para autorizar o investimento.

A Lei Orçamentária Anual é proposta pelo prefeito, mas pode ser alterada pelos vereadores na Câmara, antes de ser aprovada pelo chefe do Executivo.

A LOA é baseada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que estabelece as metas e prioridades da administração pública, incluindo as despesas de capital, e no Plano Plurianual (PPA), que é realizado a cada quatro anos e contém os objetivos a serem atingidas pela gestão, incluindo projetos, atividades, financiamentos, incentivos fiscais, normas, entre outros.

Prestação de contas
O prefeito também precisa prestar contas da sua gestão. O documento deve especificar todo o dinheiro arrecadado pelo município e recebido do Estado e da União durante o ano, assim como os gastos realizados pela prefeitura, como o pagamento de servidores, a compra de materiais e equipamentos, a manutenção de hospitais e escolas, o fornecimento da merenda escolar, as obras realizadas, entre outros.

A prestação de contas é julgada pela Câmara Municipal com o auxílio do Tribunal de Contas (municipal ou estadual). O parecer emitido sobre as contas deve ser aprovado por dois terços dos vereadores.

Se a prestação for rejeitada por dois terços da Câmara, o prefeito pode recorrer. Caso a decisão seja mantida, no entanto, o prefeito corre o risco de perder o mandato (com o julgamento no plenário da Câmara ou na Justiça) e ficar inelegível.

Todos os anos, as contas do município devem ficar ao menos 60 dias à disposição dos contribuintes para exame e apreciação, sendo que qualquer um poder questionar sua legitimidade.

Dever do eleitorado
Para acompanhar se o prefeito está cumprindo bem seus deveres, os eleitores precisam conhecer o orçamento municipal e verificar o andamento das obras e outras realizções do governo. Devem também fazer pressão para que as promessas de campanha e as metas da gestão sejam efetivamente cumpridas.

Adapitado por Ismar (foto)

Fonte: G1

Liberdade condicional é negada ao assassino de John Lennon

A Junta de Liberdade Condicional do Estado de Nova York negou nesta segunda-feira (29), pela nona vez, a liberdade condicional de Marc David Chapman pelo assassinato de John Lennon, segundo o documento ao qual teve acesso a Agência Efe . Chapman, que alegava esforços de reabilitação, terá que voltar a esperar mais dois anos para voltar a solicitar a liberdade.

John LennonFoto: Central Press / Getty Images

Em uma breve nota, a Junta de Liberdade Condicional do Estado de Nova York apontou que a evolução de Chapman dentro da prisão não pode eclipsar a gravidade do crime. “Acreditamos que sua liberdade seria incompatível com o bem-estar da sociedade e um menosprezo à seriedade do crime”, afirmou a decisão da Junta.
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A Junta reconheceu em sua decisão o fato de que Chapman aceitou sua responsabilidade pelo crime, seus esforços de reabilitação e o fato de ter se educado na prisão e o trabalho administrativo que realiza na mesma.

Chapman, de 61 anos, já cumpriu 35 anos em uma prisão de alta segurança em Wende, ao norte do estado de Nova York. O detento assassinou o músico britânico em 8 de dezembro de 1980 na porta do prédio onde o ex-beatle morava, o edifício Dakota, em frente ao Central Park de Nova York, um crime pelo que foi condenado a uma pena de entre 20 anos e prisão perpétua e pelo qual se declarou culpado em 1981.

Desde que cumpriu a pena mínima, Chapman já teve nove oportunidades (uma a cada dois anos) de pedir a liberdade condicional, algo que tenta desde dezembro de 2000 e que, até agora, sempre lhe foi negado.

Desde 2014, várias pessoas enviaram cartas à Junta a favor da liberdade de Chapman e duas se opondo, uma delas Yoko Ono, na qual expressa medo por sua segurança e a dos filhos de Lennon, Sean e Julian, lembrou o jornal Daily News .

Fonte Terra.com.br