Luisa Ortega Díaz foi destituída do cargo pela Assembleia Constituinte e foi convidada pela PGR para participar de evento. Maduro anunciou que pedirá a prisão dela à Interpol.
Questionada pelo repórter Murilo Salviano, da GloboNews, sobre a existência de alguma relação entre o esquema de corrupção da Odebrecht com o governo de Nicolás Maduro, ela respondeu que ‘sim’, mas não deu mais detalhes.
Ortega Díaz veio à capital federal para participar de um evento promovido pela Procuradoria Geral da República.
Além de ter sido destituída do cargo, Díaz também perdeu o direito de exercer qualquer cargo público, teve os seus bens congelados e foi impedida de sair da Venezuela.
Ela, porém, fugiu do país com o marido e, segundo o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, está sob proteção do vizinho sul-americano.
No Brasil, a ex-procuradora da Venezuela foi convidada para participar de um evento com representantes dos Ministérios Públicos dos países do Mercosul – do qual participam Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname. O evento está marcado para asa 9h desta quarta.
Mais cedo, nesta quarta, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou que pedirá à Interpol a prisão da ex-procuradora.
Após ser destituída, a ex-procuradora atribuiu a “perseguição sistemática” do governo Maduro a ela e aos funcionários do Ministério Público à investigação do escândalo de pagamento de propina da construtora Odebrecht em vários países da região.
Seu marido, Germán Ferrer, um deputado dissidente do chavismo, teve a prisão pedida por suspeita de integrar uma rede supostamente envolvida na extorsão de suspeitos de corrupção.
“A Venezuela solicitará à Interpol um código vermelho para essas pessoas envolvidas em crimes graves”, disse Maduro em uma coletiva de imprensa, referindo-se também ao cônjuge da ex-procuradora.
Por G1, Brasília