Bovespa fecha em alta com impulso da Petrobras após plano de negócios

Ibovespa subiu 0,67%, a 57.736 pontos.
Preferenciais da Petrobras sobem 3,45% e acumulam alta de 101% no ano

O principal índice da Bovespa fechou em alta nesta terça-feira (20), com as ações da Petrobras avançando mais de 3% após divulgação do plano de negócios para o período entre 2017-2021 prevendo redução de 25% e ampliação da venda de ativos.

O Ibovespa avançou 0,67%, a 57.736 pontos.

Ações sobem mais de 100% no ano
As ações preferenciais (com prioridade na distribuição dos dividendos) da Petrobras subiram 3,45%, a R$ 13,50, e as ordinárias (com direito a voto em assembleias) avançaram 1,07%, a R$ 15,05, em meio à repercussão favorável da revisão do plano estratégico da companhia.

A estatal estimou o total de investimentos para os próximos 5 anos em US$ 74,1 bilhões – 25% abaixo do plano anterior. A petroleira prevê também levantar US$ 19,5 bilhões com a venda de ativos (os chamados desinvestimentos) e parcerias entre 2017 e 2018.

Sede da Petrobras no Rio de Janeiro. (Foto: REUTERS/Sergio Moraes)
Sede da Petrobras no Rio de Janeiro. (Foto: REUTERS/Sergio Moraes)

Com o avanço desta terça-feira, as ações preferencias da Petrobras acumulam alta de 101,5% no ano, e as ordinárias valorização de 75,6%, segundo dados da provedora de informações financeiras Economatica. O Ibovespa tem valorização de 33,19% no ano.

Apesar da forte valorização no ano, os papéis da Petrobras ainda seguem distantes das máximas históricas, atingidas na passagem de 2007 para 2008, quando chegaram a superar R$ 33.

De janeiro ao fechamento desta terça-feira, a Petrobras ganhou mais de R$ 80 bilhões em valor de mercado, segundo a Economatica, saltando de R$ 101,3 bilhões no final de 2015 para R$ 187,6 bilhões. Em 2008, o valor de mercado da companhia chegou a atingir R$ 510,3 bilhões.

Outros destaques do Ibovespa
A ação do Brasdesco subiram em torno de 1%, em sessão positiva para o setor bancário e com o acordo com a Justiça do Distrito Federal para a oferta de garantias de até R$ 104 milhões relacionada à operação Greenfield, da Polícia Federal.

 

CRISE DA PETROBRAS
Dívidas e preço do petróleo afetam o caixa.

No exterior, os principais índices acionários eram guiados por expectativas quanto ao resultado da reunião do Federal Reserve na quarta-feira, com Wall Street operando em alta diante de apostas de manutenção dos juros norte-americanos. Investidores ainda aguardam o desfecho da reunião de política monetária do banco central do Japão, também na quarta-feira.

Plano de negócios da Petrobras
O Conselho de Administração da Petrobras avaliou que seu Plano de Negócios e Gestão 2017-2021 será de US$ 74,1 bilhões. O valor é 25% menor que os US$ 98,4 bilhões previstos para o plano do período anterior, anunciado em janeiro deste ano.

O plano prevê também arrecadar US$ 19,5 bilhões com a venda de ativos (os chamados desinvestimentos) e parcerias  entre 2017 e 2018.

Com essa estratégia, a estatal diz buscar a “recuperação da solidez financeira” e reduzir sua enorme dívida, sem precisar fazer novas captações no mercado financeiro. Ao final de junho, o endividamento total da companhia era de R$ 397 bilhões.

Este plano é o primeiro sob a gestão de Pedro Parente, que chegou à presidência da Petrobras em junho, nomeado pelo presidente Michel Temer.

Confira os principais pontos do Plano de Negócios 2015-2019:
– Redução de 25% nos investimentos, para US$ 74,1 bilhões em 5 anos
– Meta de US$ 19,5 bilhões em vendas de ativos e parcerias entre 2017 e 2018
– Empresa deixará setores de produção de biocombustíveis, distribuição de gás de cozinha, produção de fertilizantes e participações em petroquímica.
– Previsão de redução da alavancagem (termômetro de endividamento medido pela relação de dívida líquida/Ebitda) de 5,3 vezes em 2015 para 2,5 vezes em 2018.
– Estatal espera elevar a produção total, de 2,62 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2017 para 3,41 milhões de boed em 2021, sendo 2,77 milhões no Brasil
– Petrobras vê preço médio do barril de petróleo Brent a US$ 48 em 2017; para 2018, projeção é de barril a US$ 56, subindo para US$ 68 em 2019 e em US$ 71 em 2020 e 2021.

 

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