Dólar fecha em queda, após eleições municipais

A moeda norte-americana caiu 1,41%, a R$ 3,2057.
No ano, o dólar acumula queda de 18,8% em relação ao real.

O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (3), em linha com o exterior e após o resultado das eleições municipais no Brasil, que na avaliação do mercado fortaleceu o governo federal e pode ajudar na aprovação das medidas de ajuste fiscal, destaca a Reuters. À tarde, o movimento de queda ganhou força, influenciado por algum ingresso de recursos de estrangeiros.

A moeda norte-americana caiu 1,41%, a R$ 3,2057. Veja a cotação do dólar hoje. Este é o menor valor de fechamento desde o dia 22 de agosto, quando o dólar terminou o dia vendido a R$ 3,2015.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h10, queda de 0,12%, a R$ 3,2477
Às 9h59, queda de 0,21%, a R$ 3,2449
Às 10h29, queda de 0,5%, a R$ 3,2355
Às 11h19, queda de 0,62%, a R$ 3,2314
Às 12h19, queda de 0,75%, a R$ 3,2272
Às 13h10, queda de 0,62%, a R$ 3,2316
Às 14h29, queda de 0,96%, a R$ 3,2207
Às 15h29, queda de 0,99%, a R$ 3,2194
Às 16h09, queda de 1,33%, a R$ 3,2083

No ano, o dólar acumula queda de 18,8% em relação ao real. Na semana e no mês, há baixa de 1,41%.

“As eleições podem levar o governo federal a acelerar a votação das medidas de ajuste fiscal no Congresso, entre elas, a PEC do teto fiscal. Isso tira um pouco da tensão e do peso do dólar”, disse à Reuters o superintendente Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.

A expectativa é de que a Proposta de Emenda à Constituição que limita os gastos públicos seja aprovada pela comissão especial da Câmara ainda nesta semana, para ser votada pelo plenário da Casa dias 10 e 11, destraca a Reuters.

As medidas de ajuste fiscal são um dos três fatores que o Banco Central observa com atenção para se decidir por um corte da taxa Selic, atualmente em 14,25% ao ano.

Cenário externo
O exterior também tem um clima mais favorável ao recuo do dólar ante outras divisas e contribui para o movimento baixista deste início de trimestre.

“Circularam no final de semana rumores de que o acordo do Deutsche Bank com o Departamento de Justiça norte-americano ainda não tinha sido alcançado, o que seria um fator de estresse. Mas hoje é feriado na Alemanha e o mercado resolveu deixar para digerir isso depois”, disse à Reuters o especialista da Correparti.

O mercado no exterior digeria os bons indicadores da Europa e aguardava os números norte-americanos. A atividade industrial na zona do euro acelerou no mês passado para 52,6, ante 51,7 em agosto, segundo a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).

O petróleo também subia pela manhã, contribuindo para o recuo da moeda norte-americana.

Interferência do BC
O Banco Central vendeu nesta segunda-feira o lote integral de 5 mil contratos de swap cambial reverso – equivalente à compra futura de moeda.Notas de dólar (Foto: Reuters)

Último fechamento
O dólar fechou em baixa na sexta-feira (30), influenciado pela disputa para a formação da Ptax (taxa que serve de referência para uma série de contratos cambiais) e de olho no leilão de linha do Banco Central.

A moeda norte-americana recuou 0,11%, a R$ 3,2517, vendida a R$ 3,2547.

Na semana, o dólar avançou 0,13%. No mês de setembro, teve alta de 0,69%. Em 2016, a moeda tem desvalorização acumulada de 17,6%.

Dólar começa o mês de outubro em queda (Foto: Reuters)

G1

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