Greening avança em plantações de laranja e preocupa produtores

24/09/2016 19h25 – Atualizado em 24/09/2016 19h25

Percentual de plantas contaminadas passou de 4,5% para 6,5% em 1 ano.
Produtores da região de Itapetininga buscam alternativas para evitar doença.

Uma pesquisa realizada pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) apontou o avanço dos casos de greening nas plantações de laranja na região de Itapetininga (SP). Segundo os dados do estudo, que avalia as principais áreas citrícolas do Estado de São Paulo e o Triângulo Mineiro, o percentual de plantas contaminadas passou de 4,5% no primeiro de 2015 para 6,4% no mesmo período deste ano.

Greening provoca queda e diminuição de frutos, diz agrônomo (Foto: Reprodução/TV TEM)

De acordo com o agrônomo da Fundecitrus, Guilherme Rodriguez, a doença faz com que as folhas fiquem amareladas e provoque queda e diminuição no tamanho dos frutos. Em 2008, quando os levantamentos começaram a ser feitos, a região não tinha registro da doença. Agora, o problema é o pior que existe para as plantas cítricas. “Sabemos que o greening cresce em incidência e, também, em severidade, que diz respeito ao tamanho da doença na planta. Então, além de ocupar novas plantas, a doença está causando mais prejuízos no pomar atingido”, explica.

Citricultor em Capão Bonito (SP), Jianderson Carmona conta que a contaminação de greening nos 200 hectares que possui, com aproximadamente 75 mil plantas, é de menos de 1%. Entretanto, o produtor afirma que já precisou cortar o mesmo número de laranjeiras que no ano passado. “Fazemos monitoramento, pulverização periódica e eliminação das plantas diagnosticadas com o problema. Fico bem preocupado. Em outras regiões soube que se tornou até inviável a citricultura pelo próprio greening”, comenta.

Com pomares de laranja plantados na fazenda em que é dono, em Buri (SP), o agricultor Pedro Janini destaca que é fundamental ter total atenção com a questão . Para ele, a única maneira de se resolver o problema é unir as produções vizinhas para que seja feito um trabalho em conjunto. “O único jeito de conter ou diminuir essa doença é pulverizando e matando o psilídeo. Se cada produtor vizinho não fizer isso, o greening vai contaminar várias propriedades”, finaliza.

G1

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