Juiz da Hashtag converte prisão de oito em preventiva e manda soltar seis

MPF denunciou oito investigados na operação nesta sexta-feira (16).
Promoção de organização terrorista está entre os crimes citados pelo MPF.

O juiz federal Marcos Josegrei da Silva converteu as prisões temporárias dos oito denunciados na Operação Hashtag em preventivas, ou seja, eles ficarão detidos por tempo indeterminado.

A decisão da Justiça é desta sexta-feira (16), mesmo dia em que o Ministério Público Federal (MPF) os denunciou por crimes como promoção de organização terrorista, associação criminosa, incentivo de crianças e adolescentes à prática de atos criminosos e recrutamento para organização terrorista. O grupo foi identificado pela Operação Hashtag, antes da Olimpíada do Rio de Janeiro.

Além disso, Marcos Josegrei da Silva revogou a prisão de seis investigados, sendo que três devem usar tornozeleira eletrônica. Os suspeitos que forem soltos deverão cumprir medidas cautelares alternativas – como entrega dos passaportes e monitoramento das redes sociais.

No total, 15 pessoas foram detidas temporariamente nas quatro fases da operação. Uma ainda está com a prisão temporária valendo, as outras venceriam a partir de domingo (18). Todos estão detidos na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS).

Ao transformar as prisões temporárias dos oito denunciados em preventiva, o juiz federal atendeu ao pedido do MPF. A Polícia Federal (PF) havia requisitado a continuidade da prisão temporária de dez suspeitos

“É a mais pura demonstração de violência primária que utiliza um argumento retórico para ocultar a sua real vocação antidemocrática, totalitária e desumana evidenciada pela negação da possibilidade da coexistência e pela promoção da barbárie”, diz um trecho do despacho do juiz, ao discorrer sobre o terrorismo.

Esta foi primeira denúncia por terrorismo no Brasil. O procurador do MPF Rafael Brum Maron afirmou que os suspeitos investigados na Operação Hashtag não saíram do virtual, ou seja, não chegaram a se encontrar. “Sair do virtual para a prática, efetivamente, não se identificou”.

G1

Foto Intrnet

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