Motorista de carro morre ao bater de frente com caminhão em rodovia

Acidente foi na rodovia Vicente Palma (SP-129) entre Boituva e Tatuí.
Vítima teria desviado de um carro que fazia ultrapassagem, diz polícia.

Carro ficou destruído; bombeiros cortaram teto para tirar corpo (Foto: Arquivo Pessoal/ Lilian de Camargo)
Carro ficou destruído; bombeiros cortaram teto para tirar corpo (Foto: Arquivo Pessoal/ Lilian de Camargo)

Um motorista de um carro, de 42 anos, morreu após colidir de frente com um caminhão, na tarde desta segunda-feira (12), pela rodovia Vicente Palma (SP-129), entre Boituva (SP) e Tatuí (SP). Devido ao forte impacto da batida, o veículo ficou totalmente destruído.

De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, a vítima trafegava pela rodovia sentido Boituva-Tatuí, quando no quilômetro 28 teria sido surpreendida por um veículo que teria feito uma ultrapassagem proibida. A vítima teria desviado à esquerda e invadido a pista contrária, onde colidiu de frente com o caminhão.

Com o impacto, o veículo ficou destruído e o motorista acabou preso às ferragens. Uma Unidade de Resgate do Corpo de Bombeiros foi acionada para socorrer o condutor, mas ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Já o caminhoneiro e o passageiro tiveram ferimentos leves e foram levados ao pronto-socorro de Tatuí.

Ainda segundo a polícia, o motorista que teria ultrapassado e causado o acidente não parou para prestar socorro e fugiu. A rodovia precisou ser interditada por uma hora na tarde desta segunda e o acidente será investigado pela Polícia Civil.

Carro e caminhão bateram de frente, interditando rodovia (Foto: Arquivo Pessoal/ Lilian de Camargo)Carro e caminhão bateram de frente, interditando rodovia (Foto: Arquivo Pessoal/ Lilian de Camargo)

Acordo para cessar-fogo na Síria começa nesta segunda-feira

Trégua foi anunciada por EUA e Rússia na sexta-feira por fim na crise síria.
País vive em guerra há seis anos e já registrou mais de 290 mil mortes

Cidade de Aleppo, na Síria, foi dividida entre pró-regime ao oeste e pró-rebeldes no leste desde 2012 (Foto: GEORGE OURFALIAN / AFP)Acordo de cessar-fogo na Síria começa nesta segunda-feira  (Foto: GEORGE OURFALIAN / AFP)

Começa nesta segunda-feira (12), a partir do pôr-do-sol, o acordo para cessar-fogo na Síria,anunciado por Estados Unidos e Rússia na sexta-feira (9) – e aprovado pelo governo sírio.

O secretário de Estado americano, John Kerry, e o ministro russo das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, que apoiam lados opostos na guerra, anunciaram a trégua durante uma reunião emGenebra, na Suíça, com o objetivo de encontrar uma solução política para a crise da Síria. O país vive em guerra há seis anos e já registrou mais de 290 mil mortes neste período.

De acordo com a resolução, além do cessar-fogo, os países vão fazer melhorias no acesso da ajuda e ataques conjuntos a grupos de militantes islâmicos proibidos.

Após o anúncio, ataques aéreos na cidade de Idlib, na Síria, deixaram pelo menos 60 mortos, no sábado (10) – de acordo com boletim divulgado pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). Em Aleppo, outras 45 pessoas morreram, de acordo com a BBC.

O influente grupo rebelde islamita sírio Ahrar al-Sham rejeitou o acordo alegando que ele servirá apenas para “reforçar” o governo de Damasco e “aumentar o sofrimento” do povo. Este foi o primeiro grupo rebelde a reagir oficialmente ao acordo.

Assad reza em Mesquita em Damasco
O presidente sírio, Bashar al- Assad, rezou nesta segunda-feira (12) em uma mesquita em um subúrbio de Damasco, que tinha sido um símbolo importante da revolta contra ele, até que foi evacuada por combatentes rebeldes e suas famílias no mês passado.

Assad visitou a cidade de Daraya, a sudoeste de Damasco, por ocasião do Eid al- Adha. A entrega de Daraya às forças do governo marcou um golpe significativo para os cinco anos de duração da rebelião contra Assad.

O menino Omran Daqneesh, de 5 anos, aguarda atendimento em uma ambulância, sujo de sangue e de poeira, após ser resgatado dentre escombros de um edifício alvo de um bombardeio aéreo em Aleppo, no norte da Síria. A cena causou comoção nas redes sociais (Foto: Reuters)O menino Omran Daqneesh, de 5 anos, aguarda atendimento em uma ambulância, sujo de sangue e de poeira, após ser resgatado dentre escombros de um edifício alvo de um bombardeio aéreo em Aleppo, no norte da Síria. A cena causou comoção nas redes sociais (Foto: Reuters)

Resolução
Sete dias após o início do cessar-fogo, Rússia e EUA irão estabelecer um grupo que coordenará uma ação conjunta para combater o Estado Islâmico e a Frente Al-Nusra.

A ação inclui acessar todas as áreas cercadas, incluindo Aleppo. Ex-capital econômica do país, Aleppo é um dos bastiões da rebelião para derrubar o presidente Bashar al-Assad, cujas forças têm o apoio terrestre de milícias xiitas de países vizinhos e o apoio aéreo da Rússia.

O secretário americano apelou aos grupos de oposição, que querem a saída de Assad, para que eles se distanciem de todas as formas do EI e da Al-Nusra. “Precisamos ir atrás desses terroristas de uma maneira estratégica, precisa e legal”. “Da complexidade da Síria está emergindo uma simples escolha entre a guerra e a paz”, acrescentou.

Lavrov disse que após a implementação do cessar-fogo, EUA e Rússia vão agir para separar os grupos terroristas de oposicionistas moderados ao governo de Assad. Depois, iniciarão ataques aéreos aos terroristas. Serão determinadas áreas onde apenas as forças aéreas russa e americana poderão agir, explicou Lavrov. A Força Aérea síria vai agir em outras áreas.

Aleppo é controlada por rebeldes desde 2012 (Foto: Reuters/Abdalrhman Ismail)Aleppo está dividida desde julhos

G1

Câmara deve votar cassação de Eduardo Cunha nesta segunda-feira

Dez meses após o processo começar a tramitar no Conselho de Ética, a Câmara dos Deputados tem sessão marcada nesta segunda-feira (12) para que o plenário decida sobre a cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A sessão está prevista para ter início às 19h.

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Cunha já informou que pretende comparecer pessoalmente à sessão para fazer a sua defesa ao lado do seu advogado, Marcelo Nobre. Alvo da Operação Lava Jato, o peemedebista é acusado de manter contas bancárias secretas no exterior e de ter mentido sobre a existência delas emdepoimento à CPI da Petrobras no ano passado.

 
Eduardo Cunha, durante sessão plenária na Câmara dos Deputados em outubro de 2015 (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Arquivo)
O deputado sempre negou ser o titular de conta fora do país, mas diz apenas ser o beneficiário de recursos geridos por trustes (empresas que administram fundos e bens).

O processo no Conselho de Ética foi instaurado em novembro do ano passado a partir de uma representação do PSOL e da Rede. Em razão de sucessivas manobras levadas a cabo por um grupo fiel de aliados, Cunha conseguiu estender o andamento do processo.

Em maio, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, em uma decisão inédita, afastá-lo da presidência da Câmara e também suspender o seu mandato parlamentar por entender que ele estaria usando o cargo para interferir nas investigações contra ele. Cada vez mais isolado politicamente, Cunha acabou renunciando ao cargo de presidente em julho.

Para a sessão desta segunda-feira, até mesmo parlamentares próximos ao peemedebista reconhecem que as chances de ele conseguir salvar o seu mandato são mínimas.

De qualquer maneira, a estratégia em análise por esse grupo de aliados é tentar questionar o procedimento de votação para reduzir a pena de Cunha para uma suspensão temporária ou até, caso a cassação se confirme, evitar que ele fique inelegível. A saída mais provável é que eles apresentem uma questão de ordem pedindo que seja votado um projeto de resolução em vez do parecer oriundo do Conselho de Ética.

A diferença é que, regimentalmente, o primeiro permite que o seu teor seja alterado por meio de emendas. No caso do parecer, que pede a perda do mandato de Cunha, os deputados não podem mexer no que veio do Conselho de Ética, mas apenas votar a favor ou contra a sua aprovação.

cunha

Veja abaixo como deverá ser o rito da sessão no plenário:

Início da sessão e da votação
A sessão extraordinária está convocada para as 19h desta segunda-feira (12). O quórum mínimo para abrir a sessão é de 51 deputados. Para ter início a fase de votação, chamada de ordem do dia, é necessária a presença de pelo menos 257 deputados.

O presidente da Câmara já disse que só iniciará a votação com a presença de 420 deputados no plenário. Segundo ele, por se tratar de uma decisão importante, é preciso haver quórum significativo, tanto para decidir pela absolvição quanto pela cassação.

Questões de ordem
Em tese, qualquer deputado pode apresentar, a qualquer momento da sessão, questões de ordem para levantar questionamentos sobre a tramitação do processo. Mas a expectativa é que as questões de ordem sejam apresentadas logo no início da sessão.
Aliados de Eduardo Cunha já têm dito que pretendem pedir que seja votado um projeto de resolução no lugar do parecer do Conselho de Ética.A diferença é que o primeiro permitiria a votação em partes – primeiro a cassação, depois a inelegibilidade. Nessa hipótese, a intenção é assegurar que, mesmo cassado, Cunha não perca o direito de voltar a disputar eleições.

Isso porque a Lei da Ficha Limpa prevê que, em caso de perda de mandato, o político fique inelegível por oito anos, além do tempo restante para o fim do mandato. No entendimento da Secretaria-Geral da Câmara, o plenário só pode votar o parecer do Conselho de Ética. A tendência, portanto, é Rodrigo Maia rejeitar uma questão de ordem sobre o assunto. Mas ele pode entregar para o plenário decidir.

Análise do recurso
Se os aliados de Cunha apresentarem o recurso durante a sessão questionando a decisão monocrática do presidente da Câmara contra questão de ordem, Maia precisará consultar o plenário, em votação simbólica, para saber se os deputados concordam em fazer uma votação especificamente para analisar o pedido para suspender o processo até que a CCJ se manifeste sobre o assunto.

Um terço dos deputados precisa erguer as mãos concordando com a realização da votação para apreciar o pedido de suspensão. Quem avalia se um terço dos parlamentares é favorável à votação é o próprio Maia, ao olhar o número de mãos levantadas no plenário. Se o presidente daCâmara considerar que um terço dos deputados é a favor da consulta, o recurso é colocado em votação.

Para o efeito suspensivo ser aprovado, a maioria simples dos deputados presentes na sessão precisa se manifestar favoravelmente. Se isso acontecer, a votação do processo é paralisada até que o recurso seja analisado pela CCJ. A comissão terá prazo de três sessões do plenário para apreciar o recurso.

Se o efeito suspensivo não for acatado, mesmo assim o recurso é enviado para a CCJ, porém, neste caso, a sessão no plenário prosseguirá normalmente.

Acusação
Com o prosseguimento da sessão, entra-se, então, na fase de discussão. O relator no Conselho de Ética, Marcos Rogério (DEM-RO), terá 25 minutos para apresentar as conclusões do parecer que recomenda a cassação de Eduardo Cunha.

Defesa
Em seguida, o advogado Marcelo Nobre, que faz a defesa de Cunha, terá 25 minutos para apresentar os seus argumentos. Depois, o próprio Eduardo Cunha também terá mais 25 minutos para se manifestar.

Discussão
Os deputados inscritos terão até cinco minutos para discursar na tribuna. A duração dessa etapa dependerá do número de inscritos. A lista de inscrição somente será liberada quando tiver início a sessão, a partir das 19h de segunda-feira. A qualquer momento, os líderes partidários também poderão usar a palavra por um prazo que varia de três a dez minutos, proporcional ao tamanho da bancada.

Encerramento da discussão
Após dois parlamentares discursarem a favor de Cunha e dois contra, pode ser apresentado um requerimento para encerramento da discussão. Se aprovado, com maioria simples, passa-se à etapa seguinte, que é a de votação. Caso contrário, dá-se continuidade à lista de inscritos.

Votação
A votação é no painel eletrônico e aberta. Ou seja, será possível saber como cada deputado votou. São necessários pelo menos 257 votos dos 511 deputados aptos a votar.

Por estar afastado do mandato e ser o alvo da representação, Eduardo Cunha não pode votar. E, pelo regimento, o presidente da Câmara só vota para desempatar, o que é improvável no caso.

Se for votado e aprovado o parecer do Conselho de Ética, Cunha, além de ter o mandato cassado, fica inelegível pelo prazo que falta para acabar o seu mandato (até 2018) e mais oito anos depois.

g1

 

Felipe Gomes honra tradição brasileira nos 100m T11 e é prata no Engenhão

Nos 100m da classe T47, Teresinha de Jesus, de 35 anos, leva medalha de bronze

felipe gomes (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)Descrição da imagem: Felipe Gomes recebe a medalha de prata e comemora no Engenhão (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)

Era um cenário muito diferente em relação ao de Londres 2012. Apesar da torcida a favor, pesava a perda de força do Brasil na prova mais rápida do atletismo entre atletas cegos. Se há quatro anos o país conquistou cinco das seis medalhas em disputa nos 100m da classe T11, considerando-se as provas masculina e feminina, no Rio as mulheres passaram em branco. Dos homens, só Felipe Gomes avançou à final. Representante solitário ao lado do guia Jonas Silva, cravou 11s08 e faturou a prata. O ouro ficou com o americano David Brown, com 10s99, e o bronze foi para Ananias Shikongo, da Namíbia, que cruzou a linha de chegada em 11s11.

Até a final, Felipe, medalhista de bronze em Londres nesta mesma prova, foi o mais rápido entre os brasileiros em todas as fases. Na etapa classificatória, foi o quarto no geral ao vencer a quarta bateria com 11s22. Nas semifinais, perdeu para Browne, mas classificou-se com o segundo melhor tempo: 11s05.

– Acho que o mundo inteiro está evoluindo, mas a gente ainda está no terceiro dia da competição. O jogo não acabou. Ainda tem as outras provas. E acredito que o Brasil vai se sair bem (…) Agora é manter a mesma pegada, porque ainda tem o revezamento, os 400m e os 200m – analisou o medalhista de prata.

O primeiro representante do país na prova a se despedir foi Lucas Prado. Apesar de ter passado com o sétimo tempo geral às semis, o recordista paralímpico da distância e medalhista de prata em Londres sofreu uma lesão no músculo posterior da coxa e não teve condições físicas de competir. Ricardo Costa, campeão no Rio no salto em distância, parou nas semifinais.

felipe gomes (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)Descrição da imagem: Felipe Gomes cruza a linha de chegada em segundo (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)

TERESINHA DE JESUS É BRONZE NOS 100M

A primeira medalha para o Brasil no Engenhão na noite deste domingo foi para Teresinha de Jesus. A atleta de 35 ano que correu 12s79 para faturar o bronze da classe T47, para atletas com amputações nos membros superiores. O ouro ficou com a americana Deja Young (11s93), enquanto a prata foi para a polonesa Alicja Fiodorow (12s46).

Teresinha teve o braço esquerdo amputado aos oito anos de idade após cair do muro da própria casa. Além do bronze deste domingo, ela tem como principais feitos da carreira prata nos 100m e 200m da classe T47 no Parapan de Toronto, além de um bronze nos 400m da classe T46 no Mundial de Lyon, em 2013.

Teresinha de Jesus Correia Santos (Foto: REUTERS/Jason Cairnduf)Descrição da imagem: Teresinha de Jesus Correia Santos se atira no chão para vibrar (Foto: REUTERS/Jason Cairnduf)

Pódio inédito e quarta tattoo: fera do basquete almeja novos mimos pós-Rio

Principal atleta da seleção brasileira, Lia Soares é acostumada a eternizar imagens do esporte no corpo. Após um ano sem sair de casa, camisa 12 serve de inspiração

Com 10 anos dedicados à seleção feminina de basquete em cadeira de rodas, Lia Soares chega à sua terceira edição de Paralimpíada como a principal jogadora de uma equipe repleta de sonhos. Aos 29 anos, ela fez parte das trajetórias de Pequim (11º) e de Londres (9º). No Rio, o objetivo é melhorar e se aproximar de uma medalha inédita na história da modalidade desde sua entrada no programa paralímpico em 1960. Mas a missão é ingrata.

Quarto lugar no Parapan de Toronto, em 2015, o Brasil terá pela frente potências na modalidade. No mesmo grupo, já foi derrotada pela Alemanha (atual campeã paralímpica) e ainda pega o Canadá (atual campeã mundial e parapanamericana). Na outra chave, Holanda e Estados Unidos prometem atrapalhar.

– Estamos numa crescente de uns anos para cá. Tudo é possível e vamos demonstrar isso em quadra com o decorrer do jogos. Todo mundo almeja essa tão sonhada medalha que ainda não temos. Batalhamos duro por ela e um dia vai acontecer – declarou Lia, torcendo para ser em seu país.

Lia Martins é tietada após vitória do Brasil sobre a Argentina no basquete em cadeira de rodas (Foto: André Durão)Lia Martins é tietada após vitória do Brasil sobre a Argentina no basquete em cadeira de rodas (Foto: André Durão)

Se acontecer, a paraense vai tatuar a quarta medalha referente ao basquete no corpo – ela tem outras sem conotação esportiva. Antes do Pan de Guadalajara, em 2011, Lia e outras companheiras eternizaram na pele o nome da cidade mexicana e o ano da disputa. Deu certo. Semanas depois, subiam ao pódio com o inédito bronze no pescoço. Desta vez, não tiveram tempo para uma pré-tatuagem.

– Nós fizemos antes de ir para lá (México) e ganharmos o bronze. Primeira medalha de (alto) nível. (Desta vez) não deu tempo, foi muito corrido. Pretendo fazer ainda e ganhar essa medalha – afirmou a camisa 12, que também tem estampada um L12, referência ao seu número e nome, e os aros olímpicos.

Natural de Belém do Pará, Lia Maria conquistou títulos individuais, incluindo o Prêmio Paralímpico de 2012. Porém, há uma década, isso era algo que nunca passara na sua cabeça. Recém-formada no colégio e avessa ao esporte, Lia caminhava para entrar numa faculdade, quando um motorista alcoolizado lhe tirou o direito de andar.

– Sofri um acidente de carro e tive fratura exposta na perna, que me levou a ter que amputar (uma parte da perna direita). O motorista estava alcoolizado, perdeu o controle do carro e atropelou o pessoal na rua. Não prestou socorro, nunca o conheci e nem quero. Passou. Depois de ter sido atropelada, embora tenha sido uma tragédia, só aconteceram coisas boas.

Um ano após sofrer reclusa, sem coragem de ter uma vida social, só saindo de casa em casos de extrema necessidade, Lia voltou a se aceitar como ser humano em uma dessas saídas “obrigatórias”. Em um órgão público do Estado, para tirar documento que comprovava sua deficiência, conheceu uma guarda. Esse tinha ligação com uma equipe de basquete em cadeira de rodas da cidade e a convidou para conhecer.

– Fiquei curiosa para saber o que era o basquete, nunca tinha jogado na vida. Fui no mesmo dia. Meu antigo técnico, Wilson Caju, disse que eu tinha grande potencial se me dedicasse, se seguisse os treinos à risca. Me empolguei com isso. No mesmo ano, fui convocada para seleção. Gostei da coisa e, graças a Deus, deu certo.

Descrição da imagem: com tatuagens no braço direito, Lia Soares domina a bola contra a Argentina (Foto: André Durão)Descrição da imagem: com tatuagens no braço esquerdo, Lia Soares domina a bola contra a Argentina (Foto: André Durão)

Lia pegou gosto, se esforçou, entendeu que podia viver daquilo e ser boa no que fazia. Se até então o mundo era algo desconhecido e distante, agora a jogadora passava a descobri-lo.

– Só estudava, nunca tinha viajado. Com o basquete, conheci o mundo. Conheci Pequim, Londres, Guatemala, México, Canadá…O basquete me fez conhecer culturas novas, pessoas diferentes, isso fica gravado na nossa mente. A cada ano, aprendo coisas novas. Minha vida mudou com o basquete, me tornou independente, me proporcionou só coisas boas. É o que amo fazer, o que me dedico de 10 anos para cá. Minha paixão só aumenta. Enquanto Deus me der força, vou estar nesta vida.

Com dois jogos, três pontos, 50% de aproveitamento e a quarta colocação do grupo A, Lia e suas companheiras precisam vencer a Grã-Bretanha neste domingo, às 21h30, na Arena Carioca 1 não complicar o sonho dos mimos paralímpicos. Das cinco seleções, quatro avançam às quartas. Depois das britânicas, as brasileiras encerram a participação na primeira fase encarando as fortes canadenses na segunda-feira.

Ge

 

Senhor das finais, Wawrinka vira sobre Djokovic e conquista 3º Grand Slam

Nas últimas 11 vezes em que chegou a uma decisão, suíço saiu com o título e, neste domingo, fica mais próximo de completar o “Career Slam”, faltando apenas Wimbledon

Quando está bem e consistente numa partida, Stan Wawrinka costuma apontar para a cabeça, mostrando que a força mental está em alta. E, neste domingo, durante a decisão do US Open, não foi raro ver o suíço fazer o gesto, uma prova de que a virada por 3 sets a 1 sobre Novak Djokovic, parciais de 6/7 (1), 6/4, 7/5 e 6/3, em 3h54, teve justamente um lado psicológico. É possível que essa confiança tenha vindo de seu bom desempenho em finais – venceu as últimas 11 que disputou – que o ajudaram a chegar ao seu terceiro título de Grand Slam, tendo sido campeão também na Austrália (2014) e em Roland Garros (2015).

Nem sempre tão badalado, o suíço se aproxima do “Career Slam” – vencer os quatro principais torneios do circuito – faltando apenas Wimbledon para completar o feito conseguido por tenistas como Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic. O sérvio, por exemplo, só alcançou em 2016, quando venceu Roland Garros.

Foi uma campanha que, por pouco, não terminou na terceira rodada. Diante do britânico Daniel Evans, Wawrinka precisou salvar match point no quarto set, manteve o foco e chegou à virada por 3 sets a 2. A partir dali embalou e venceu Del Potro, nas quartas, Kei Nishikori na semi e agora Djokovic na decisão.

 

Stan Wawrinka US Open 2016 final (Foto: AFP)Stan Wawrinka aponta para a cabeça: lado mental do suíço esteve em alta neste domingo (Foto: AFP)

O jogo

Stan Wawrinka começou bastante agressivo no confronto, mas nada que incomodasse Novak Djokovic, perfeito defensivamente como de costume. O sérvio se aproveitou do jogo de risco do suíço e conseguiu a quebra no segundo game e seguiu pressionando o saque do rival, com break points no sexto game e no oitavo, quando já tinha 5/2 e, por pouco, não fechou o set rapidamente. Mas, o jogo virou. Wawrinka fez um game perfeito de devolução na sequência para devolver a quebra e sacou bem para empatar em 5/5. Os tenistas seguiram para o tie-break.

Novak Djokovic US Open 2016 final (Foto: AFP)Novak Djokovic não conseguiu segurar a agressividade de Wawrinka na decisão do US Open (Foto: AFP)

O game desempate teve um terceiro ponto espetacular de Wawrinka. Com defesas incríveis de Djokovic, o suíço chegou bem num voleio cruzado, se salvou de um lob com smash de costas e matou o ponto na rede para vibração do público. Porém, foi só isso. O domínio foi absoluto do sérvio que, sacando bem e vendo Wawrinka errar demais, anotou 7-1 com facilidade.

Sem diminuir o ritmo, Wawrinka dessa vez foi quem saiu na frente, com uma quebra no quarto game com um belíssimo winner de backhand na paralela. Logo em seguida, Djokovic teve um triplo break point, mas o suíço se livrou com ótimos saques e confirmou em mais uma bola vencedora, dessa vez uma cruzada no forehand, abrindo 4/1 no segundo set. Porém, a consistência do sérvio o ajudou a contar com os erros do rival para devolver a quebra no sétimo game e empatar logo depois em 4/4. Wawrinka não mudou a tática, seguiu arriscando e indo para cima. E foi Novak Djokovic quem acabou errando no décimo game, fazendo com que o suíço quebrasse mais uma vez e empatasse o jogo com 6/4.

Novak Djokovic US Open 2016 final (Foto: AFP)Novak Djokovic sente problema no pé ao longo do quarto set – sérvio pediu atendimentos (Foto: AFP)

Os acertos faziam Wawrinka apontar para a cabeça, gesto que ele vinha fazendo desde a semifinal para mostrar a força mental. E mais uma vez ele provou esse equilíbrio ao salvar três break points no primeiro game, quebrou Djokovic na sequência e abriu 3/0 ao confirmar o serviço no terceiro set. O sérvio seguia errando menos e novamente a consistência o fez quebrar de volta e empatar em 3/3. Mas, Wawrinka tinha mais: quando tudo indicava um novo tie-break, o suíço foi ousado, acelerou o jogo e forçou Djokovic aos erros para uma quebra decisiva, que lhe deu 7/5 e a virada no confronto.

Com uma quebra logo no segundo game, Wawrinka largou com vantagem no quarto set, abrindo 3/0 sobre Djokovic. E, por pouco, o suíço não abriu uma diferença ainda maior, já que chegou a ter um break point no quarto game, mas viu o sérvio se salvar com bons saques e pediu tempo médico, mostrando sentir um problema nos pés. O fato desagradou Wawrinka, que reclamou bastante do momento em que o sérvio fez a solicitação (não interrompendo o próprio saque nem esperando a mudança de lado). E, por pouco Djokovic não aprontou no game seguinte: teve três break points, mas o suíço salvou todas as chances e com winner de forehand manteve a vantagem em 4/1. Os dois tenistas confirmaram mais uma vez e o sérvio novamente pediu atendimento, desta vez no outro pé, em 5/2. Djokovic manteve o saque, mas seguia mancando. Alheio a isso, Wawrinka manteve o foco saiu de um 0/30, superou o nervosismo para fechar após perder um match point, venceu um belíssimo rali e fechou o jogo no erro não forçado de Djokovic.

Novak Djokovic e Stan Wawrinka US Open 2016 final (Foto: AFP)Novak Djokovic e Stan Wawrinka se abraçam após a partida (Foto: AFP)

Sportv

Alan fica fora da final dos 200m, cita lesão e não vê peso como problema

Eliminado precocemente nos 100m, brasileiro vai mal também em sua especialidade

Ainda era possível sentir aquele gosto amargo. Ser eliminado antes da final dos 100m dos Jogos Paralímpicos em casa não estava nos planos de Alan Fonteles. Três dias após a frustração que o tirou da briga por medalha, o velocista da classe T44 voltou a competir, mas não conseguiu se reinventar na pista do Engenhão. Nos 200m, prova em que se apresentou ao mundo ao derrotar o mito Oscar Pistorius em 2012, fez apenas 22s63, o nono tempo no geral, insuficiente para avançar à final e defender o título conquistado em Londres 2012.

Alan afirmou ter sentido uma fisgada no músculo posterior da coxa direita ao fazer a curva. Foi ficando para trás, vendo os adversários abrirem vantagem. Foi apenas o quinto colocado da segunda bateria. Mais uma vez, voltou a negar que o excesso de peso, assunto que o persegue desde que tirou um período sabático na carreira, tenha sido o problema.

alan fonteles (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)Descrição da imagem: Alan Fonteles corre atrás dos demais adversários no Engenhão (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)

– Eu acho que fisicamente vocês podem estar vendo muita diferença, mas em tempo não vejo diferença alguma. Eu acho que foi a lesão que me atrapalhou. Se você for analisar, há dois meses fiz a marca que fiz na semifinal de Londres. Estava evoluindo. Agora era uma evolução bem maior correr 21s40, 21s30. Por conta dessa dor não consegui fazer meu melhor, tanto que fiz uma das piores marcas da minha vida. Eu fui prata nessa prova ano passado no Mundial, e agora com o tempo do Mundial eu entraria facilmente. Mas senti esse incômodo e acabei não entrando.

A organização do evento chegou a anunciar a desclassificação do brasileiro, mas voltou atrás antes mesmo de divulgar o possível motivo. Não faria muita diferença, já que apenas os donos dos oito melhores tempos avançariam à briga por medalhas.

Se após perder a vaga nos 100m Alan passou batido pela área de entrevistas, desta vez atendeu pacientemente aos jornalistas. Frisou o quanto pôde que a preparação para os Jogos estava dentro dos planos. Admitiu, porém, que talvez a pausa na carreira ainda tenha seus reflexos.

Alan Fonteles na Paralimpíada (Foto: Marcelo Regua/MPIX/CPB)Descrição de imagem: Alan olha para o lado nos 100m e perde vaga (Foto: Marcelo Regua/MPIX/CPB)

– O atleta tem seus altos e baixos, suas frustrações e alegrias. Em Londres eu ganhei, Mundial no ano seguinte ganhei tudo, bati recorde mundial. São escolhas que a gente faz na vida. Acertei, errei, estou aqui admitindo o erro que fiz. Me preparei, me dediquei aos 200m. Infelizmente acabei sentindo esse incômodo na perna e acabei não me classificando para a final dos 200m. Agora é erguer a cabeça. Ano que vem tem Mundial, Depois Paralimpíada. Ainda vou ter duas ou três Paralimpíadas para poder correr. A gente vai aprendendo. Poderia em vez de ter tirado cinco meses, ter tirado quatro. Eu era campeão paralímpico, campeão mundial, recordista mundial com 22 anos. Era muita coisa para lidar naquele momento. São erros e acertos.

Na prova dos 100m, sua estreia  no Engenhão, Alan também havia ficado com o nono tempo no geral, o que o deixou fora da decisão. O brasileiro correu 11s26, chegando a desacelerar no fim, e perdeu a vaga no desempate por milésimos.

– Nos 100m muita gente falou que não fui bem, mas foi uma tática que eu errei. Achei que estava entre os três, quando olhei para o lado um atleta me ultrapassou. Foi uma tática errada que acabou me prejudicando.

Enquanto Alan tenta a recuperação para disputar o revezamento 4x100m T42-47, outros oito atletas brigarão pelo título que foi do brasileiro em Londres. O mais veloz da noite nos 200m foi o neozelandês Liam Malone, que venceu a bateria de Alan com 21s33. A final, no entanto, será dominada por americanos e alemães, com três representantes cada. O balizamento fica completo com o grego Michail Seitis.

Ge

Argelino é campeão dos 1.500m com tempo que seria ouro até na Olimpíada

Abdellatif Baka é quase mais de um segundo mais rápido do que americano Matthew Centrowitz, primeiro colocado no Engenhão na disputa entre atletas sem deficiência

Se você ainda tem dúvidas de que a Paralimpíada se trata de esporte de alto rendimento, preste atenção nos números a seguir. Na noite deste domingo, no Engenhão, o argelino Abdellatif Baka sagrou-se campeão dos 1.500m da classe T13, para atletas com baixa visão, com o tempo de 3m48s29. Não bastasse a marca ser o novo recorde mundial da distância, seria também suficiente para dar ao africano o ouro da Olimpíada do Rio. O título do evento para atletas sem deficiência foi do americano Matthew Centrowitz, com 3m50s.

Abdellatif Baka, atletismo, 1500m, paralimpíada (Foto: REUTERS/Jason Cairnduff)Descrição da imagem: Abdellatif Baka (no centro) corre para o ouro no Engenhão (Foto: REUTERS/Jason Cairnduff)

Para comparar os resultados da Paralimpíada e da Olimpíada, no entanto, é importante fazer uma ressalva. Provas mais longas costumam basear-se muito em estratégia e sofrer variações de acordo com o clima. Na Olimpíada, a disputa dos 1.500m foi extremamente tática, com todos os atletas se poupando para o sprint final. Acabou com um tempo considerado alto – a título de comparação, o recorde mundial olímpico na distância é 3m26s00, pertencente ao marroquino Hicham El Guerrouj.

A prova contou com a presença de dois atletas brasileiros. Yeltsin Jacques foi o 11º (3m58s92 – seu melhor no ano), enquanto Julio César Agripino terminou em 12º (4m00s61). Os dois chegaram a liderar. Yeltsin perdeu força na volta final, e Julio acabou tropeçando. Após a disputa, ele se queixou de empurrão que o prejudicou.

– Acabei tropeçando na borda por causa do empurrão. Foi um empurrão. Mas estou feliz de ter participado da minha primeira Paralimpíada. Foi uma prova muito forte mesmo – disse Julio César.

G1

Rodrigo Parreira surpreende nos 100m da T36: “Bronze com gosto de ouro”

Brasileiro faz melhor marca da vida no Engenhão em prova vencida por malaio

A expectativa estava sobre outros adversários. Afinal, Rodrigo Parreira tinha a pior marca na temporada dentre os finalistas dos 100m da classe T36, para atletas com paralisia cerebral. Os números, no entanto, ficaram no passado quando a largada foi dada no Engenhão. Com uma arrancada espetacular, o brasileiro surpreendeu e faturou o bronze com o melhor tempo da vida, novo recorde das Américas: 12s54. O ouro ficou com Mohamad Ridzuan Puzi, da Malásia, que estabeleceu o novo recorde paralímpico com 12s07. O chinês Yang Yifei, com 12s20, melhor marca da carreira, ficou com a prata.

– Foi uma grande emoção para mim, para meu país e minha cidade. Agora é treinar mais para conseguir a esperada medalha de ouro. Conseguir essa medalha histórica para minha carreira foi uma grande honra. Eu não sabia que faria essa marca, abaixaria tanto meu tempo. Eu tinha a pior marca de todas. Vim fazer meu melhor, conseguir dar meu melhor. Bronze com sabor de ouro.

+ Classe T36 reúne atletas com paralisia cerebral. Entenda a classificação funcional

Rodrigo Parreira bronze 100m T36 Paralimpíada Rio (Foto: Jason Cairnduff / Reuters)
Rodrigo Parreira comemora o bronze nos 100m da classe T36 (Foto: Jason Cairnduff / Reuters)

Até a final deste sábado, Rodrigo tinha 13s20 como melhor marca da temporada e 12s70 como melhor tempo da carreira. Três dos sete adversários já haviam corrido abaixo da casa dos 12 segundos, e outros dois chineses também haviam estabelecido marcas mais baixas que a do brasileiro.

Rodrigo nasceu no interior de de Goiás e foi diagnosticado com paralisia cerebral. Naquela época, os médicos davam poucos dias de vida. Mas a família dele não desistiu e mudou-se para Uberlândia, em Minas, em busca de tratamento. Ele fez reabilitação motora e se tratou com uma fonoaudióloga desde os três anos de idade.

Rodrigo cresceu e conheceu o esporte paralímpico. Desde então, passou a integrar o Clube Desportivo para Deficientes de Uberlândia (CDDU). Antes das pistas, passou por vários esportes, dentre eles a natação e o futebol de 7. No atletismo foi onde se encontrou. Na Rio 2016, ele também compete no salto em distância.

– Estou há um mês fora de casa treinando com a seleção, trabalhando duro. Todos da seleção me apoiaram muito nos momentos mais difíceis da minha vida. Fazer aniversário com a seleção foi uma grande emoção. Ontem teria a semifinal dos 100m, mas cortaram. Falaram que foi um presente para mim não precisar correr. Hoje ganhei o bronze. Agora é trabalhar mais para ganhar o ouro.

Videogames contrabandeados são apreendidos na SP-280 em Quadra

Caminhão foi parado no quilômetro 158 da Rodovia Castello Branco.
Motorista disse que recebeu R$ 5 mil para levar carga ao Paraná.

Uma carga de videogames e componentes de informática sem notas fiscais foi apreendida na Rodovia Castello Branco (SP-280), em Quadra (SP), na noite de sexta-feira (9). O material era transportado em um caminhão que foi parado no quilômetro 158 da rodovia, diz a Polícia Rodoviária. O motorista responderá em liberdade.

Conforme a polícia, o motorista foi abordado e informou que transportava sucata. Mas durante revista dentro do baú do caminhão os policiais acharam cerca de 70 produtos ilegais embalados em caixas. Em depoimento, o caminhoneiro afirmou que recebeu R$ 5 mil para fazer o transporte até o Paraná.

O motorista foi levado com a carga para a Polícia Federal em Sorocaba (SP). Ele pagou fiança de R$ 3 mil e responderá pelo crime de descaminho em liberdade. Já a carga ficou apreendida com a polícia.

Produtos ilegais estavam escondidos em caixas (Foto: Divulgação/ Polícia Rodoviária Tatuí)
Produtos ilegais estavam escondidos em caixas
(Foto: Divulgação/ Polícia Rodoviária Tatuí)

Integrantes do MST protestam na Castello Branco no interior de SP

Grupo interditou a pista no quilômetro 272, em Iaras, diz polícia.
Segundo integrante, motivo foi posicionamento do TCU em relação ao Incra.

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) interditaram o quilômetro 272 da rodovia Castello Branco (SP-280), em Iaras (SP), no final da manhã desta sexta-feira (9). De acordo com o grupo e a Polícia Militar Rodoviária, cerca de 100 pessoas participaram do protesto pacífico. A Concessionária CCR SP Vias informou que as duas faixas do sentido Interior-Capital ficaram congestionadas durante o ato, que começou 11h30 e terminou 12h45.  O trânsito segue normalmente.

Segundo o grupo, o motivo da manifestação foi porque o MST quer que o Tribunal de Contas da União (TCU) reveja a posição contra o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agraria (Incra). Os manifestantes alegaram que o TCU processou o Incra e muitas famílias não estão sendo reconhecidas como assentadas. Sem o reconhecimento, os integrantes afirmam que as famílias têm o Certificado de Concessão de Uso (CCU) bloqueados e perdem direitos.

Em nota, o Incra afirma que apresentou plano de providências ao TCU para atender às recomendações do tribunal e que aguarda manifestação quanto ao pedido de desbloqueio parcial de beneficiários para acesso às políticas públicas da agricultura familiar. Diz ainda que respeita as manifestações, mas que o bloqueio de rodovias prejudica a sociedade e não contribui com solução da questão.

Grupo do MST interdita rodovia Castello Branco em Iaras (Foto: Arquivo pessoal)Grupo do MST interdita rodovia Castello Branco em Iaras
(Foto: Arquivo Pessoal)
Pista sentido Interior-Capital ficou congestionada em Iaras, diz concessionária (Foto: Arquivo pessoal)Pista sentido Interior-Capital ficou congestionada em Iaras, diz concessionária
(Foto: Arquivo Pessoal)

Mais de 1/3 dos candidatos não tem o ensino médio completo

Mais de 1/3 dos candidatos não tem o ensino médio completo

nivel-escolaridade

Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que 37,1% dos candidatos que disputam um cargo nestas eleições não têm o ensino médio completo. Os números revelam ainda que 21% dos candidatos têm ensino superior completo – número quase igual ao da passada, em 2012, quando 20% tinham completado um curso universitário. Outros 4,4% iniciaram uma faculdade, mas ainda não a concluíram.

A principal parcela dos candidatos declara ter ensino médio completo: 183 mil dos quase 490 mil que concorrem neste ano – o que representa 37,4% do total.

Segundo os números do TSE, 13,6% têm o ensino fundamental completo e 15,5% o ensino fundamental incompleto.

Há ainda 13.977 candidatos que dizem apenas ler e escrever (3% do total) e sete candidatos que se declaram analfabetos – neste último caso, se a informação não tiver sido colocada por engano no cadastro, eles fatalmente serão considerados inelegíveis. Isso porque é permitido que os analfabetos votem, mas não que concorram no país. Se não for possível apresentar um certificado ou um diploma, o juiz eleitoral pode aferir se ele consegue ao menos ler e escrever por de meio de testes.

Entre os partidos, o estreante NOVO é disparado o que abriga os candidatos com maior nível de instrução: 121 dos 144 postulantes (84%) têm superior completo. O PT do B aparece na ponta de baixo, com 15% dos políticos com uma faculdade no currículo.

A escolaridade também varia bastante de acordo com o cargo disputado. Entre os que concorrem a prefeito, 51% têm ensino superior completo e menos de 1% diz apenas ler e escrever. No caso dos candidatos a vereador, 19% possuem ensino superior completo.

A média dos políticos, no entanto, está acima da brasileira. Segundo o IBGE, metade da população não tem o ensino médio completo, 12% têm ensino superior e 8,3% dos maiores de 15 anos são analfabetos.

 

Por Thiago Reis

Receita abre consulta ao 4º lote do IR 2016 nesta quinta

2,1 milhão de contribuintes receberão R$ 2,5 bilhões no dia 15 de setembro.
Serão liberadas também restituições de lotes residuais entre 2008 e 2015.

A Receita Federal libera, a partir das 9h desta quinta-feira (8), a consulta ao quarto lote de restituições do Imposto de Renda 2016 e a lotes residuais, de quem caiu na malha fina, de 2008 a 2015.

Estão incluídos nesse 4º lote de restituição do IR deste ano 2.106.171 contribuintes, totalizando R$ 2,5 bilhões em restituições. O pagamento será feito no dia 15 de setembro. Os valores serão corrigidos em 5,60%. Considerando também os lotes residuais (para quem havia caído na malha fina, mas regularizou a situação com o Fisco), o pagamento será feito para 2,17 milhão de pessoas neste mês, no valor de R$ 2,7 bilhões.

A consulta pode ser feita pelo site:
http://www.receita.fazenda.gov.br/Aplicacoes/Atrjo/ConsRest/Atual.app/paginas/index.asp

A Receita Federal lembra que há ainda o aplicativo para tablets e smartphones que facilita consulta às declarações do IRPF e situação cadastral no CPF, diretamente nas bases de dados da Receita Federal.

Ordem de recebimento
Após o pagamento das restituições para contribuintes idosos e com deficiência física, mental ou moléstia grave, as restituições serão pagas pela ordem de entrega da declaração doImposto de Renda, desde que o documento tenha sido enviado sem erros ou omissões.

Geralmente, são liberados sete lotes do IR a cada ano, entre junho e dezembro. Os valores das restituições do Imposto de Renda são corrigidos pela variação dos juros básicos da economia, atualmente em 14,25% ao ano. Em 2016, o Fisco recebeu quase 28 milhões de declarações de Imposto de Renda até 30 de abril – o prazo legal.

Malha fina
No fim de abril, a Receita Federal informou que 716 mil declarações já estavam retidas na malha fina do IR devido a inconsistências das informações prestadas. Nos últimos anos, a omissão de rendimentos foi o principal motivo para cair na malha fina, seguido por inconsistências na declaração de despesas médicas.

Para saber se está na malha fina, os contribuintes podem acessar o “extrato” do Imposto de Renda no site da Receita Federal no chamado e-CAC (Centro Virtual de Atendimento). Clique aqui para acessar o e-CAC

Para acessar o extrato do IR é necessário utilizar o código de acesso gerado na própria página da Receita Federal, ou certificado digital emitido por autoridade habilitada.

Veja o passo a passo do extrato do IR

Após verificar quais inconsistências foram encontradas pela Receita Federal na declaração do Imposto de Renda, o contribuinte pode enviar uma declaração retificadora. Quando a situação for resolvida, o contribuinte sai da malha fina e, caso tenha direito, a restituição será incluída nos lotes residuais do Imposto de Renda.

G1

Agricultores investem em seguro rural para prevenir prejuízos

Aplicação previne possíveis perdas, segundo produtores de Itapetininga.
Ministério da Agricultura aponta que SP é o 3º estado com mais seguros.

Mais atentos ao enfrentamento de perdas, os agricultores na região de Itapetininga (SP) têm aumentado o investimento no seguro rural. Segundo eles, a aplicação ajuda a prevenir os possíveis prejuízos com as safras.

Produtor de trigo no município, o agricultor Celso Ventura conta que não dava importância para o seguro da colheita até que sofreu um problema e mudou de opinião. “Planto em lavoura há muitos anos, nunca tinha feito seguro por não acreditar nisso. De uns quatro anos para cá fizemos, até que aconteceu uma seca em uma das safras e me pagaram certinho. Foi legal. Desde então, faço seguro todo ano”, revela.

O produtor de eucalipto Wilson Nei Theodoro de Syllos relata que foi o seguro rural que o livrou de sofrer grandes perdas quando teve parte da propriedade queimada. “Há dois anos tivemos um início de incêndio e queimou aproximadamente dois alqueires da nossa área. Mas como tínhamos o seguro, fui ressarcido”, diz.

De acordo com o Ministério da Agricultura, o Estado de São Paulo é o terceiro no ranking do seguro rural, atrás apenas do Paraná e do Rio Grande do Sul, com R$ 400 milhões neste ano. O crescimento no índice é de 41%, quando comparado ao ano passado, em que se investiu R$ 282 milhões.

A representante de seguros Kátia Rocco Rebelis explica que os benefícios fornecidos atraem os agricultores. “Nos últimos 10 anos houve um crescimento muito grande do seguro rural, tanto em áreas contratadas quanto de novas coberturas, de melhorias para o produtor. Eles veem maior valor agregado na oferta do seguro”, indica.

Seguradora faz monitoramento de áreas por celular, diz corretor (Foto: Reprodução/TV TEM)
Seguradora faz monitoramento de áreas por
celular, diz corretor (Foto: Reprodução/TV TEM)

Para as seguradoras, o risco da ação é mínimo. Mesmo com um espaço de cobertura tão extenso, o corretor Simeão Barbosa da Silva garante que o monitoramento das propriedades é fácil. Com a ajuda de satélites, as empresas conseguem impedir possíveis fraudes de transferência de área assegurada. “Quando o segurado procura o corretor, a gente localiza por meio de celular ou computador qual é a localização dele no georeferenciamento, que identifica a latitude e longitude da área. A partir daí, temos o controle de onde é a cultura desse agricultor”, pondera.

No entanto, conforme o corretor David Elias Martin, a agricultura brasileira não está totalmente familiarizada com o seguro rural. “Ainda falta muita informação porque é um produto novo no Brasil. No mundo, esses seguros existem há 50 ou 70 anos e aqui é muito recente. Ainda não há uma cultura apurada para esse produto, então é interessante que as coisas fiquem claras para o produtor, para que ele não pense que está comprando uma coisa e levando outra”, conclui.

Investimento no seguro rural aumentou 41% em 2016, diz Ministério da Agricultura (Foto: Reprodução/TV TEM)
Investimento no seguro rural cresceu 41% em 2016, diz Ministério da Agricultura
(Foto: Reprodução/TV TEM)

Eleições 2016: o que faz um vereador

Além de propor leis e votar, vereadores devem fiscalizar o Executivo.
Em 2012, 56 mil vereadores foram eleitos em todo o país.

A cada quatro anos, brasileiros em todo o país se mobilizam para eleger os vereadores das suas cidades. Em 2012, mais de 56 mil vereadores foram eleitos em todo o país para ocupar as Câmaras de cada uma das cidades do Brasil.

Mas o que faz um vereador? Veja abaixo os principais pontos para entender melhor o cargo político.

Requisitos
Para se candidatar a vereador, a pessoa precisa ter o domicílio eleitoral na cidade em que ela pretende concorrer até o dia 2 de outubro de 2015 – ou seja, um ano antes da eleição – e precisa estar filiada a um partido político até o dia 2 de abril de 2016. Além disso, precisa ter nacionalidade brasileira, ser alfabetizada, estar em dia com a Justiça Eleitoral, ser maior de 18 anos e, caso seja homem, ter certificado de reservista.

Número de vagas
Cada Câmara pode ter no mínimo 9 e no máximo 55 vereadores. O total de vagas depende do tamanho da população de cada cidade. Em São Paulo, por exemplo, que é a maior cidade do país, com quase 12 milhões de habitantes, são 55 vereadores eleitos a cada quatro anos. Já no menor município do país, Serra da Saudade (MG), que tem apenas 818 pessoas, são apenas 9 vereadores.

Plenário da Câmara de SP (Foto: Roney Domingos/ G1 )Plenário da Câmara de São Paulo, que tem 55 vereadores
(Foto: Roney Domingos/ G1 )

Salário e horário de trabalho
O salário dos vereadores segue a mesma lógica, ou seja, depende do número da população da cidade. Em cidades pequenas, de até 10 mil pessoas, os salários devem ser no máximo 20% do salário de um deputado estadual daquele estado. O percentual aumenta de acordo com o número de habitantes, até chegar a 75%, no caso das cidades com mais de 500 mil habitantes.

Quanto ao horário de trabalho, ele muda de cidade para cidade, pois não há uma regra fixa. É possível propor e aprovar projetos de lei determinando horários específicos ou cargas horárias a serem cumpridas, mas isso depende de cada cidade.

Trabalho no Legislativo
Os vereadores fazem parte do poder Legislativo e, como tal, elaboram, discutem e votam as leis municipais – ou seja, que envolvem impostos municipais, educação municipal, linhas de ônibus, saneamento, entre outros temas da cidade.

Para discutir e votar durante as sessões legislativas, os vereadores se organizam em partidos. Há os partidos que são considerados da base do governo (não apenas o partido do próprio prefeito, mas outros que apoiam a sua gestão) e os considerados de oposição.

Mas isso não quer dizer necessariamente que um vereador que faz parte da oposição vai votar sempre contra as propostas do prefeito, pois, apesar das disputas políticas, os parlamentares devem ter seus interesses pautados pelo interesse da coletividade. Isso porque cada vereador é eleito de forma direta, pelo voto, sendo um representante da população. Por isso, deve propor projetos que estejam de acordo com os interesses e o bem-estar da população.

Votações de projetos
Mesmo com as disputas políticas, acordos têm que ser feitos para chegar a decisões, já que são os votos da maioria que contam. Isso acontece quando são apresentados projetos, emendas e resoluções, por exemplo. Eles têm que passar por comissões, como a de Constituição e Justiça e a de Finanças, e ir para votação no plenário.

Mesmo depois de aprovados, projetos e emendas precisam passar pelo prefeito, que pode vetar total ou parcialmente ou aprovar. Quando há aprovação, o projeto é publicado no Diário Oficial da cidade e vira lei.

Caso o projeto seja vetado, mesmo que parcialmente, ele deve voltar a ser discutido pelos vereadores, que têm que decidir se aceitam ou não a decisão do prefeito.

É importante destacar que não são apenas os vereadores e o prefeito que podem apresentar projetos de lei. Os eleitores também podem propor mudanças na Lei Orgânica do município. Para isso, precisam coletar assinaturas de pelo menos 5% do eleitorado da cidade.

Professores realizam protesto em frente a Câmara Municipal do Rio de Janeiro, chegando a interditar a Avenida Rio Branco. Integrantes do Black Bloc participam da passeata. (Foto: Reynaldo Vasconcelos/Futura Press/Estadão Conteúdo)Protesto em frente a Câmara Municipal do Rio de Janeiro;
é dever da população cobrar dos representantes
(Foto: Reynaldo Vasconcelos/ Futura Press/Estadão Conteúdo)

Função fiscalizadora
Além das votações, os vereadores também têm o poder e o dever de fiscalizar a administração, cuindando da aplicação dos recursos e observando o orçamento. Ou seja, é dever deles acompanhar o poder Executivo, principalmente em relação ao cumprimento das leis e da boa aplicação e gestão do dinheiro público.

São os vereadores que julgam as contas públicas da cidade – julgamento que acontece todo ano com a ajuda do Tribunal de Contas, que é um órgão assessor de fiscalização do próprio poder legislativo, apesar de seu nome sugerir que ele faça parte do poder judiciário.

É dever dos vereadores examinar bem as contas da cidade, sendo que ela apenas são rejeitadas se dois terços dos parlamentares concordarem com isso.

Juntamente a esse dever, os vereadores também devem checar se o prefeito e outros funcionários públicos, incluindo eles mesmos, estão desrespeitando alguma lei.

Dever do eleitorado
Para companhar se os vereadores estão cumprindo bem seus deveres perante a população, os eleitores podem ir às sessões legislativas ou mesmo conversar com os vereadores em seus gabinetes. Caso o eleitor descubra alguma irregularidade, é possível fazer uma denúncia ao Ministério Público.

Isso porque, resumindo, o vereador é a ligação entre o governo e o povo. Ele tem o poder de ouvir o que os eleitores querem, propor e aprovar esses pedidos na Câmara e ficar de olho para ver se o prefeito e seus secretários estão colocando essas demandas em prática. Por isso, é importante acompanhar para ver se o trabalho está sendo bem desenvolvido.

Foto Principal Captada Internet ( Ismar Bastos )

Eleições 2016: o que faz um prefeito

Prefeito precisa administrar recursos e elaborar políticas públicas.
Em 2016, deverão ser escolhidos prefeitos para 5.568 cidades do país.

Mas o que faz um prefeito? Veja abaixo os principais pontos para entender melhor o cargo político.

Requisitos
Para se candidatar a prefeito, a pessoa precisa ter o domicílio eleitoral na cidade em que ela pretende concorrer até o dia 2 de outubro de 2015 – ou seja, um ano antes da eleição – e precisa estar filiada a um partido político até o dia 2 de abril de 2016. Além disso, precisa ter nacionalidade brasileira, ser alfabetizada, estar em dia com a Justiça Eleitoral, ser maior de 21 anos e, caso seja homem, ter certificado de reservista.

Salário
O salário do prefeito é definido pela Câmara Municipal de cada cidade. Os vencimentos variam de município para município. O valor só não pode ser superior ao teto do STF (Supremo Tribunal Federal).

Trabalho no Executivo
O prefeito é o responsável pelo poder Executivo e, como tal, deve colocar em prática o conjunto de intenções de seu governo. Entre suas funções, está decidir onde aplicar os recursos provenientes de impostos municipais, como o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e o ISS (Imposto sobre Serviços), e as verbas decorrentes de repasses feitos pelo governo estadual e pelo governo federal.

O prefeito também deve elaborar políticas públicas de educação, saúde, moradia, saneamento básico, entre outras, garantindo o pleno funcionamento dos serviços considerados essenciais à população.

É dever do prefeito ainda fazer acordos com os governos estadual e federal, pedindo auxílios quando for necessário, e tomar decisões que mantenham a cidade funcionando.

Mas o prefeito não governa sozinho. Ele nomeia secretários como seus auxiliares e precisa trabalhar junto com os vereadores do município.

É responsabilidade do prefeito, por exemplo, analisar as leis feitas pelos vereadores e decidir se sanciona ou se veta os projetos. O prefeito também pode, ele mesmo, propor à Câmara projetos de lei para serem discutidos e votados.

Lei Orçamentária Anual
O mais importante, no entanto, é que o prefeito cumpra com a Lei Orçamentária Anual. A LOA é é uma previsão de todas as receitas e autorização de despesas públicas para o ano. O documento define as fontes de receitas e as despesas para cada órgão dos poderes Executivo e Legislativo, incluindo despesas com pessoal, custeio e investimentos e estabelecendo valores. Se houver alguma despesa fora do previsto na LOA, é necessário que uma lei complementar seja aprovada para autorizar o investimento.

A Lei Orçamentária Anual é proposta pelo prefeito, mas pode ser alterada pelos vereadores na Câmara, antes de ser aprovada pelo chefe do Executivo.

A LOA é baseada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que estabelece as metas e prioridades da administração pública, incluindo as despesas de capital, e no Plano Plurianual (PPA), que é realizado a cada quatro anos e contém os objetivos a serem atingidas pela gestão, incluindo projetos, atividades, financiamentos, incentivos fiscais, normas, entre outros.

Prestação de contas
O prefeito também precisa prestar contas da sua gestão. O documento deve especificar todo o dinheiro arrecadado pelo município e recebido do Estado e da União durante o ano, assim como os gastos realizados pela prefeitura, como o pagamento de servidores, a compra de materiais e equipamentos, a manutenção de hospitais e escolas, o fornecimento da merenda escolar, as obras realizadas, entre outros.

A prestação de contas é julgada pela Câmara Municipal com o auxílio do Tribunal de Contas (municipal ou estadual). O parecer emitido sobre as contas deve ser aprovado por dois terços dos vereadores.

Se a prestação for rejeitada por dois terços da Câmara, o prefeito pode recorrer. Caso a decisão seja mantida, no entanto, o prefeito corre o risco de perder o mandato (com o julgamento no plenário da Câmara ou na Justiça) e ficar inelegível.

Todos os anos, as contas do município devem ficar ao menos 60 dias à disposição dos contribuintes para exame e apreciação, sendo que qualquer um poder questionar sua legitimidade.

Dever do eleitorado
Para acompanhar se o prefeito está cumprindo bem seus deveres, os eleitores precisam conhecer o orçamento municipal e verificar o andamento das obras e outras realizções do governo. Devem também fazer pressão para que as promessas de campanha e as metas da gestão sejam efetivamente cumpridas.

Adapitado por Ismar (foto)

Fonte: G1

Liberdade condicional é negada ao assassino de John Lennon

A Junta de Liberdade Condicional do Estado de Nova York negou nesta segunda-feira (29), pela nona vez, a liberdade condicional de Marc David Chapman pelo assassinato de John Lennon, segundo o documento ao qual teve acesso a Agência Efe . Chapman, que alegava esforços de reabilitação, terá que voltar a esperar mais dois anos para voltar a solicitar a liberdade.

John LennonFoto: Central Press / Getty Images

Em uma breve nota, a Junta de Liberdade Condicional do Estado de Nova York apontou que a evolução de Chapman dentro da prisão não pode eclipsar a gravidade do crime. “Acreditamos que sua liberdade seria incompatível com o bem-estar da sociedade e um menosprezo à seriedade do crime”, afirmou a decisão da Junta.
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A Junta reconheceu em sua decisão o fato de que Chapman aceitou sua responsabilidade pelo crime, seus esforços de reabilitação e o fato de ter se educado na prisão e o trabalho administrativo que realiza na mesma.

Chapman, de 61 anos, já cumpriu 35 anos em uma prisão de alta segurança em Wende, ao norte do estado de Nova York. O detento assassinou o músico britânico em 8 de dezembro de 1980 na porta do prédio onde o ex-beatle morava, o edifício Dakota, em frente ao Central Park de Nova York, um crime pelo que foi condenado a uma pena de entre 20 anos e prisão perpétua e pelo qual se declarou culpado em 1981.

Desde que cumpriu a pena mínima, Chapman já teve nove oportunidades (uma a cada dois anos) de pedir a liberdade condicional, algo que tenta desde dezembro de 2000 e que, até agora, sempre lhe foi negado.

Desde 2014, várias pessoas enviaram cartas à Junta a favor da liberdade de Chapman e duas se opondo, uma delas Yoko Ono, na qual expressa medo por sua segurança e a dos filhos de Lennon, Sean e Julian, lembrou o jornal Daily News .

Fonte Terra.com.br