9 funções divertidas que você não sabia que existiam no Facebook Messenger

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Facebook Messenger, o famoso chat da rede social de Mark Zuckerberg que muita gente chama popularmente de “inbox”, pode ser considerado um dos comunicadores mais populares do mundo, com cerca de 1 bilhão de usuários mensais. É claro que muito disso deve-se à popularidade do Facebook e pela necessidade de fazer download separado do Messenger, o que aumentou muito a quantidade de pessoas que o baixaram.

Criamos uma lista que mostra algumas funções interessantes e relativamente desconhecidas do aplicativo que podem tornar o seu uso mais prático e confortável

Seja como for, o Messenger é uma ferramenta supercompleta e que possui uma série de recursos que nem todo mundo conhece e que pode ser bastante útil para as pessoas. Sabe-se que Zuckerberg quer desenvolver ainda mais sua plataforma de bate-papo: ele pretende trazer para ela cada vez mais funcionalidades especiais como inteligência artificial e envolvimento no comércio eletrônico, fazendo dela uma central de produtividade e comunicação. Saiba mais:11 atalhos do Facebook para navegar com mais rapidez.

Para você, que costuma trocar muitas mensagens com os amigos através do Facebook Messenger, criamos uma lista que mostra algumas funções interessantes e relativamente desconhecidas do aplicativo que podem tornar o seu uso mais prático e confortável. Vale lembrar que muitos desses recursos podem não aparecer em todas as versões da plataforma ou podem ser acessados de maneira diferente em cada uma delas.

Seja como for, vamos tentar mostrar um pouco mais a fundo algumas funções versáteis do popular app de conversa. Confira:

1) Alterar o tamanho de emojis

Se você utiliza diversos emojis em suas conversas (afinal, os símbolos revolucionaram a linguagem), às vezes deve querer dar uma ênfase maior em algumas carinhas ou desenhos. Para isso, o Messenger permite que você publique um emoji no meio de uma conversa com tamanho menor ou maior. Para isso, toque sobre o símbolo que você quer enviar e segure.

Você vai ver na tela o pequeno desenho crescendo. Basta soltar o dedo para enviá-lo daquele tamanho. Caso você desista de mandá-lo ou ache que o tamanho ficou muito grande, basta continuar segurando até ele sumir. Aí é só enviar novamente da maneira que você deseja. Essa função serve para qualquer versão do Messenger.

2) Atalhos para conversas específicas no Android

Caso você mantenha sempre uma conversa com uma mesma pessoa e não quer ter o trabalho de toda ver abrir o Messenger e procurar pelo chat específico no meio de tantos outros, é possível criar um atalho para o bate-papo diretamente em sua tela inicial do celular ou do tablet.

A função está disponível apenas em aparelhos com sistema Android e pode ser acessada da seguinte maneira: na sua lista de conversar no Messenger, toque e segure sobre o bate-papo que você quer acessar através do atalho. No menu que aparece, escolha “Criar atalho”. Pronto! Agora você pode acessá-lo diretamente da tela inicial de seu smartphone.

3) Códigos de leitura

O recurso de Códigos de Leitura presente no Messenger é parecido com o que existe no Snapchat: ele gera uma representação gráfica que é reconhecida pelo app e serve como um link direto para o contato da pessoa. Basta realizar uma leitura através da câmera do celular e pronto, você pode passar a se comunicar com outro usuário sem o risco de perder suas mensagens no filtro, caso não a tenha adicionada como amigo no Facebook.

Para acessar esse recurso, toque no botão de perfil do app e, em seguida, na sua foto, que vai aparecer cercada pelo desenho do código. Você vai ver duas abas: “Ler código”, onde é possível escanear os links de outras pessoas; e “Meu código”, onde você vê o seu símbolo e pode disponibilizá-lo para outros usuários lerem.

4) Conversas criptografadas

Entrando na onda dos aplicativos de comunicação seguros, cujas conversas não podem ser acessadas por terceiros e, mais, onde mensagens podem ser temporizadas para se autodestruírem, o Messenger apresentou o recurso Conversas secretas. Primeiramente, para utilizá-lo, você deve acessar o botão de perfil do aplicativo, tocar em “Conversar secretas” e ativar a função, que vai ficar limitada ao smartphone onde o processo foi realizado.

Ao tocar no botão de nova mensagem, selecione o botão em forma de cadeado e escolha o usuário com quem quer abrir a sala segura de bate-papo. Tudo que você escrever ali será apagado – depois de visualizado – após um tempo determinado através do botão em forma de relógio.

5) Definir cor, emoji e nome para uma conversa

Para personalizar um papo que você está tendo com alguém ou mesmo com um grupo, basta abrir a conversa e tocar no botão de informações na parte superior direita da tela. Lá, você pode customizar as notificações daquele chat, mudar cor, o emoji-padrão, dar apelidos para os participantes e muito mais.

Assim, fica mais fácil dividir tipos diferente de conversa com a mesma pessoa ou mesmo deixar um grupo com uma cara mais personalizada para facilitar a identificação das conversas.

6) Enviar “snaps” de 15 segundos em smartphones

Não é apenas no Snapchat e no Instagram que você pode gravar vídeos curtos e enviá-los para seus amigos. Na real, o Messenger permite que você registre imagens de até 15 segundos diretamente no corpo da mensagem, sem a necessidade de sair e acessar a sua câmera separadamente. A diferença, porém, é que os vídeos do Messenger não são temporários, como nos outros apps, a não ser que esteja usando um chat secreto.

Para fazer um desses vídeos, basta acessar o botão de envio de mensagem no bate-papo, na forma de uma pequena câmera, e tocar e segurar o botão para tirar fotos. O vídeo será gravado e será enviado diretamente para o usuário com quem você está conversando.

7) Enviar músicas do Spotify

A interconectividade entre aplicativos está em alta, sendo possível cruzar plataformas com informações interessantes e divertidas. Assim, você pode compartilhar uma música ou álbum específicos diretamente em uma mensagem no Facebook Messenger. Basta acessar as opções do que você quer mandar, selecionar “Compartilhar”, “Mandar para…” e escolher o Messenger.

Você também pode mandar uma música do Spotify pelo Messenger estando com o app de comunicação aberto. Toque no botão de opções “…” e escolha “Spotify”. Escolha uma música, álbum, artista ou playlist e pressione “Enviar”.

8) Interação com bots

Bots são programas que servem para tornar mais prática e melhorar a experiência do usuário. Você pode ativar bots nos chats do Messenger assim como acontece no Telegram. Eles servem para muitas coisas, desde selecionar mais facilmente GIFs e imagens para serem enviadas através de comandos simples até ativar jogos no chat, como o @fbchess, uma aplicação que permite aos usuários jogarem xadrez durante o bate-papo.

Algumas páginas utilizam bots em suas mensagens para interagir com usuários e clientes. Eles servem para dar informações mais simples sem a necessidade de ter uma pessoa “de verdade” do outro lado para falar com as pessoas. Usando certos termos-chave (que geralmente são informados a quem vai mandar a mensagem), você consegue obter informações imediatamente através do Messenger apenas.

9) Usar o Messenger na Web

Caso você não queira entrar no Facebook usando o seu computador ou notebook para conversar com seus amigos via Messenger, que acaba sendo utilizado através daquela pequena janela na parte inferior da tela e nem sempre é muito confortável de usar, é possível entrar em uma página que serve apenas para o Messenger e você apenas visualiza suas mensagens.

Basta entrar no site http://www.messenger.com para visualizar todas as suas conversar feitas pelo aplicativo sem a necessidade de entrar juntamente no Facebook. Essa separação entre a rede social e a função apenas de bate-papo é bastante prática para quem não quer misturar as coisas.

Página do Messenger para Web

Outras funções que ainda não chegaram no Brasil

O Messenger vem ganhando cada vez mais recursos legais e úteis, mas como muita coisa que rola na internet (e em outras mídias), muito ainda demora para chegar no Brasil após estrear em terras norte-americanas, europeias e até asiáticas. É o caso de algumas funções interessantes que achamos legal listar aqui a título de curiosidade. Quem sabe logo mais elas não dão as caras por aqui?

É possível pedir o serviço do Uber diretamente através de um botão exclusivo em forma de carro que aparece na interface do Messenger

Ao acessar a página oficial do Uber no Facebook e abrir a tela do Messenger com eles, é possível pedir o serviço deles diretamente através de um botão exclusivo em forma de carro que aparece na interface do app. Tocando nele, o aplicativo do Uber é aberto e você pode utilizá-lo normalmente para fazer suas corridas por aí.

O Messenger nos Estados Unidos também permite que os usuários realizem transferências financeiras entre si cadastrando um cartão e uma conta bancária. Tudo muito rápido e prático. Outro recurso legal que não temos no Brasil é o sistema de votação (poll) que pode ser gerado dentro de qualquer bate-papo individual ou em grupo – é uma mão na roda na hora de decidir algo democraticamente.

O Messenger, aparentemente, ainda tem muita coisa interessante para revelar. Vale a pena ficar sempre de olho nas novas funcionalidades da plataforma: é bem possível que você descubra algo que vai facilitar muito a sua vida e das pessoas que você conhece.

De babar: conheça o Jaguar I-Pace, conceito de carro elétrico da Jaguar

Não há dúvidas de que os carros elétricos apareceram como uma nova modalidade a ser oferecida para o público, portanto era de se esperar que grandes montadoras começassem a olhar para esse grupo com um pouco mais de atenção. Nessa relação podemos incluir a Jaguar, que apresentou durante um evento realizado para a imprensa o I-Pace, seu conceito de carro totalmente elétrico.

Segundo informações divulgadas pela própria fabricante, a ideia é que esse modelo esteja disponível para compra em algum momento da segunda metade de 2018. Nada foi dito sobre o preço do veículo, que promete entregar o desempenho de um carro esportivo juntamente com a versatilidade de um SUV.

Quero números

Para aqueles que se ligam nas especificações de um carro, a Jaguar revelou que o I-Pace tem motores elétricos de última geração, além de baterias de lítio de 90 KWh que foram desenvolvidas pela própria empresa e são capazes de obter carga completa em pouco mais de duas horas utilizando um carregador de 50 KW DC.

Um detalhe importante é que a máquina em questão possui autonomia de 500 quilômetros, além de ser capaz de ir de 0 a 100 km/h em apenas 4.1 segundos – algo a ser considerado, especialmente quando falamos de um carro elétrico.

Potente e bonito

Como outros modelos desenvolvidos pela Jaguar, podemos encontrar um design arrojado no I-Pace. Observando as imagens que apresentamos nesta notícia, podemos dizer que ele seria uma espécie de cruzamento entre um F-Pace e um F-Type, e vem com a proposta de dar uma cara “mais normal” para os carros elétricos.

O I-Pace seria uma espécie de cruzamento entre um F-Pace e um F-Type, e vem com a proposta de dar uma cara ‘mais normal’ para os carros elétricos

Do lado de dentro, é sabido que o I-Pace é capaz de abrigar cinco pessoas, e também conta com uma tela de 12 polegadas no painel central e outa secundária de 5,5 polegadas para auxiliar em algumas ações: a primeira, por exemplo, traz os dados de navegação, enquanto a outra fica responsável por exibir as condições climáticas e outros aspectos.

E aí, o que achou do novo carro da Jaguar? Curtiu? Deixe a sua opinião no espaço destinado aos comentários.

Nova descoberta dá mais indícios da existência de vida em Marte

Pesquisadores da Universidade do Estado do Arizona, nos Estados Unidos, publicaram um artigo que vai animar quem espera ver a humanidade encontrando vida em outros planetas. O trabalho mostrou semelhanças entre um planalto de rochas em Marte e uma região do deserto do Atacama, no Chile.

Os elementos em questão são os depósitos de sílica encontrados em ambas as regiões. A descoberta é importante pelo fato da sílica chilena ser criada através de um processo que envolve a participação de micróbios, indicando que essas pequenas formas de vida podem ter existido no solo marciano.

Tudo começou em 2004

Essa descoberta só foi possível por causa dos dados coletados pela sonda Spirit, enviada pela NASA para o Planeta Vermelho em 2004. O veículo tinha como objetivo explorar a Cratera de Gusev, uma estrutura formada há aproximadamente 4 bilhões de anos.

Em 2007, a Spirit encontrou esses depósitos de sílica, mas não houve um consenso em relação a como eles foram formados na superfície marciana. A dúvida pode ter sido esclarecida agora, com o trabalho dos pesquisadores Steven Ruff e Jack Farmer.

Eles compararam os compostos encontrados com elementos parecidos do solo da região de El Tatio, no Chile. Esse local foi escolhido por ser o lugar na Terra com o clima mais próximo possível de Marte, com ar seco, muita luz ultravioleta do Sol e temperaturas negativas durante a noite.

Vida em Marte? Agora sabemos por onde procurar

Infelizmente, a NASA perdeu contato com a Spirit em 2010. A próxima sonda terrestre deve ser enviada para Marte apenas em 2020, mas a agência do governo americano ainda não decidiu quais locais serão explorados.

A região onde os depósitos de sílica foram encontrados estão em segundo lugar na lista de prioridades. Após a descoberta, é provável que ela permaneça lá e seja analisada novamente daqui a alguns anos em busca de mais provas da possível existência de vida em Marte.

É claro, existe a chance de que o processo de formação dos compostos marcianos seja diferente do terrestre e não envolva micro-organismos, mas todos os indícios apontam para os resultados que os cientistas acreditam ser o correto: a Terra não é o único planeta do nosso sistema solar que já abrigou seres vivos.

Cuba começa homenagens a Fidel Castro

Cuba começa homenagens a Fidel; dissidência é cética sobre mudança

 

À margem das homenagens oficiais a Fidel Castro, críticos do regime cubano veem as celebrações com indiferença e não acreditam em mudanças com a morte do líder que implantou o comunismo na ilha, em 1959.

“Com a morte de Fidel, fica tudo igual”, disse Berta Soler, 53, do Damas de Branco, o grupo dissidente de maior visibilidade interna e formado por mulheres e parentes de presos políticos. “Já faz dez anos que Raúl Castro está mandando.”

Carlos Barria/Reuters
Centenas de cubanos fazem fila na praça da Revolução, em Havana, para passar em frente a uma imagem de Fidel Castro, como parte das homenagens
Cubanos fazem fila na praça da Revolução, em Havana, para passar em frente a imagem de Fidel

Outros dissidentes, como Guillermo Fariñas, acreditam que haverá maior repressão, já que Raúl não tem o carisma do irmão, diminuindo a legitimidade do regime.

Segundo a Comissão Cubana de Direitos Humanos (CCDH), há 93 presos políticos em Cuba. Recentemente, em resposta a um pedido do papa Francisco, Raúl indultou dezenas de dissidentes.

Nesta segunda-feira (28), uma salva de canhão às 9h locais (12h em Brasília) marcou o início da despedida de Fidel, cuja morte foi anunciada na sexta-feira (25).

Desde as primeiras horas da manhã, alguns milhares de cubanos começaram a chegar à icônica Praça da Revolução, onde as cinzas de Fidel ficarão até quarta-feira, quando o cortejo começa uma peregrinação de 900 km até Santiago de Cuba.

A multidão reunia caravanas de funcionários públicos, pessoas que vieram por conta própria e estrangeiros.

Por questão de segurança, o acesso à praça foi restrito a algumas entradas, e grandes filas logo se formaram nos pontos de acesso sob o sol ameno do outono caribenho.

Ao contrário do previsto, a urna com a cinzas não estava exposta. Em seu lugar, havia uma fila diante de um altar que trazia a foto de um Fidel jovem, em traje militar e com mochila nas costas. Militares flanqueavam a imagem.

Trajando o uniforme da Aduana cubana, Mario Betancourt, 73, chegou à praça com colegas de trabalho. Ele definiu o ditador cubano como “escudo” do país.

“Ouvir seus ensinamentos por 50 anos nos fez comunistas. E comunista significa muitas coisas, como deixar de ser egoísta.” Para ele, nada muda com a sua morte. “O partido tem o caminho traçado, não é ideia de um homem apenas”, diz Betancourt, que trabalha na Aduana há 30 anos e esteve no Exército.

Mesmo mancando por causa de um problema no joelho, a aposentada Mercedes Soto, 65, caminhou sozinha à praça de sua casa, a algumas quadras. “Ele me inspirou a me tornar enfermeira. Antes, só ricos iam à universidade.”

Também havia um grupo de cerca de 30 veteranos da guerrilha de Fidel que tomou o poder em Cuba, em 1959.

“Fidel deixou o futuro escrito. E para lá vamos”, disse o veterano Hever Sánchez, 78. Em seguida, perguntou: “Lula vem?”.

A cobertura da imprensa estrangeira foi criticada pela jornalista Zunilda Mata, do site independente 14 y medio, cofundado pela blogueira dissidente Yoani Sánchez e bloqueado dentro de Cuba.

“Os jornalistas estrangeiros são vistos nas ruas tentando entrevistar qualquer um que passa. Muitos baixam o olhar e se recusam. Quando finalmente conseguem algumas declarações, são apenas as que coincidem com o discurso oficial”, escreveu Mata, em artigo publicado nesta segunda-feira.

FIDEL E JESUS

Em declaração à TV estatal, o ex-assessor presidencial de Lula Frei Betto disse que, ao saber da morte de Fidel, agradeceu a Deus pela vida revolucionária do amigo.

“Quando perguntam a Jesus, quem será salvo, ele disse: ‘Tive fome, e me deram de comer; tive sede, e me deram de beber; tive doente, e me deram saúde; estive sob opressão, e me deram liberdade. Fidel fez tudo isso pelo povo de Cuba.”

O que aconteceria se o mundo inteiro virasse vegetariano?

Produção de alimentos responde por até 30% das emissões de carbono no mundo

  • Produção de alimentos responde por até 30% das emissões de carbono no mundo

Há uma série de motivos pelos quais as pessoas se tornam vegetarianas. Algumas se dizem contrárias ao sofrimento dos animais, enquanto outras tentam manter um estilo de vida mais saudável, por exemplo.

Por mais que seus amigos “carnívoros” neguem, vegetarianos têm razão: reduzir a ingestão de carne traz muitos benefícios à saúde e ao planeta. E quanto mais novos adeptos, mais essas vantagens são reproduzidas em escala global.

Mas se todos nós resolvêssemos nos tornar vegetarianos inveterados, as consequências poderiam ser dramáticas para milhões – ou até bilhões – de pessoas.

“Trata-se de um conto de dois mundos”, define Andrew Jarvis, do Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT), com sede na Colômbia. “Em países desenvolvidos, o vegetarianismo traria vários tipos de vantagens para a saúde pública e para o meio ambiente. Mas nas nações em desenvolvimento, poderia haver ainda mais pobreza.”

Bife x carros

 

Se o vegetarianismo fosse adotado globalmente até 2050, teríamos 7 milhões a menos de mortes por ano

Jarvis e seus colegas analisaram a hipótese de todos os habitantes da Terra mudarem suas dietas da noite para o dia.

Primeiro, eles observaram o impacto nas mudanças climáticas. A produção de alimentos responde por algo entre 25% e 30% de todas as emissões de gases de efeito estufa geradas pelo homem em todo o mundo. E o grosso disso vem da pecuária.

Apesar disso, o impacto de nossa alimentação sobre o clima é frequentemente subestimado. Nos Estados Unidos, por exemplo, uma família de quatro pessoas emite mais gases de efeito estufa por comer carne do que por dirigir dois carros. Mas, em geral, são os veículos motorizados – e não bifes – que aparecem como vilões nas discussões sobre o aquecimento global.

“Muitas pessoas não pensam nas consequências que a produção de alimentos tem sobre o clima”, diz Tim Benton, especialista em segurança alimentar da Universidade de Leeds, no Reino Unido.

“Mas se consumirmos um pouco menos de carne hoje em dia, deixaremos um mundo um pouco melhor para nossos filhos e netos.”

Marco Springmann, pesquisador no programa Future of Food, da Universidade de Oxford, tentou quantificar esse argumento, construindo modelos computadorizados que simularam o que aconteceria se todos os seres humanos se tornassem vegetarianos até 2050.

Os resultados indicam que, graças à eliminação da carne vermelha da dieta, as emissões ligadas à produção de alimentos cairiam 60%. E se o mundo todo passasse a ser vegano – sem consumir nenhum produto de origem animal – a queda seria de 70%.

“Esse cenário não é muito realista”, admite Springmann. “Mas destaca a importância que as emissões relacionadas à produção de alimentos terão no futuro.”

Mais florestas e biodiversidade

Eliminação completa da carne traria um enorme impacto na identidade de alguns povos, como os espanhóis

A indústria alimentícia, especialmente a pecuária, também toma muito espaço, o que provoca emissões com a transformação do uso da terra e com a perda da biodiversidade. Dos quase 5 bilhões hectares de terra usados atualmente no mundo para a produção de alimentos, 68% são usados para a pecuária.

Se todos nós virássemos vegetarianos, em um mundo ideal, nós dedicaríamos 80% desses pastos ao reflorestamento, o que aumentaria a absorção de carbono e aliviaria as mudanças climáticas.

Transformar antigas pastagens em habitats nativos também seria uma bênção para a biodiversidade, inclusive para grandes herbívoros como os búfalos, que perderam seu espaço para o gado bovino, e para predadores como os lobos, frequentemente mortos por atacarem ovinos, suínos e aves.

Os 10% a 20% de pastos restantes poderiam ser usados para o cultivo de mais alimentos com a finalidade compensar as falhas no abastecimento de comida. Apesar de um aumento relativamente pequeno na área cultivada, isso compensaria a perda da carne, já que um terço das terras hoje é usada para produzir alimentos para o gado – não para humanos.

No entanto, o reflorestamento ou a conversão das terras para o plantio precisariam de planejamento e investimento, já que as pastagens tendem a ser altamente degradadas. “Você não pode simplesmente tirar o gado de uma fazenda e esperar que o lugar se torne uma floresta primária sozinho”, diz Jarvis.

Impacto econômico

Família americana de quatro pessoas emite mais gases de efeito estufa ao consumir carne do que ao dirigir dois carros

As pessoas envolvidas na indústria da carne também precisariam de ajuda para mudar de carreira, arrumando novas posições na agricultura, no reflorestamento ou produzindo bioenergia a partir de derivados dos produtos atualmente usados como ração de gado.

Alguns fazendeiros também poderiam receber pagamento para continuar cultivando parte de seu gado com o objetivo de manter a biodiversidade.

Se não conseguíssemos criar alternativas profissionais e subsídios para essas pessoas, seria possível imaginar uma alta taxa de desemprego e uma grande inquietação social, especialmente nas comunidades rurais ligadas ao setor pecuário.

“Há mais de 3,5 bilhões de ruminantes domésticos em todo o planeta, além de dezenas de bilhões de aves produzidas e mortas a cada ano para servirem de alimento”, explica Ben Phalan, que pesquisa o equilíbrio entre demanda alimentar e biodiversidade na Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha. “Estamos falando de um enorme transtorno para a economia.”

Tradições carnívoras

Mas até mesmo os planos mais bem executados provavelmente não seriam capazes de oferecer um modo de vida alternativo para todas as pessoas que atualmente trabalham na pecuária. Cerca de um terço das terras do mundo são áridas ou semiáridas e só comportam a criação de animais.

“Sem gado, a vida em algumas regiões seria impossível”, diz Phalan. Isso inclui particularmente povos nômades que, sem seus animais, seriam obrigados a se assentarem em algum povoado ou cidade, perdendo sua identidade cultural.

Até mesmo pessoas cujas vidas não dependem apenas da pecuária poderiam sofrer, já que pratos à base de carne fazem parte da história, da tradição e da cultura de vários povos. “O impacto cultural de abrir mão da carne seria enorme, e é um dos motivos pelo qual os esforços para reduzir o consumo acabam fracassando”, explica o cientista.

Menos mortes e doenças crônicas

Estudos apontam que populações rurais em países em desenvolvimento poderiam enfrentar mais pobreza com “vegetarianismo universal”

Os efeitos na saúde também seriam variados. O modelo de Springmann mostra que se todos nós adotássemos uma dieta vegetariana até 2050, veríamos uma redução na mortalidade global de 6% a 10%, graças a uma menor incidência de doenças cardíacas, diabetes, derrames e alguns tipos de câncer.

Isso não seria apenas o resultado de eliminar a carne vermelha, mas também por causa da redução de calorias e do aumento da ingestão de frutas e legumes.

E com menos pessoas sofrendo de doenças crônicas relacionadas à dieta, isso também traria um corte nos gastos da saúde pública, economizando de 2% a 3% do PIB global.

Mas para que isso aconteça seria necessário encontrar substitutos apropriados do ponto de vista nutricional, especialmente para os mais de 2 bilhões de subnutridos que existem em todo o mundo. Alimentos de origem animal possuem mais nutrientes por caloria do que certos grãos. “O vegetarianismo em escala global poderia criar uma crise de saúde no mundo em desenvolvimento porque de onde traríamos esses micronutrientes?”, pergunta Benton.

Com moderação

Felizmente, o mundo inteiro não precisa adotar o vegetarianismo ou veganismo para que possamos ter os benefícios sem os prejuízos.

Em vez disso, é fundamental uma moderação na frequência com que se come carne e no tamanho das porções.

Um estudo comprovou que se a Grã-Bretanha adotasse as recomendações alimentares da Organização Mundial de Saúde (OMS), suas emissões de gases de efeito estufa cairiam 17% – algo que poderia cair ainda outros 40% se os habitantes evitassem produtos de origem animal e alimentos processados.

“São pequenas mudanças que os consumidores nem perceberiam. Não seria algo como ser vegetariano versus ser carnívoro”, explica Jarvis.

Expectativa na COP 22 é que Trump não mine acordo do clima

Vários participantes da conferência classificaram resultado como desastre.
Responsável da ONU sobre o clima felicitou Trump por vitória.

 Estudantes americanos protestam do lado de fora da COP 22 em reação à eleição de Donald Trump (Foto: Fadel Senna/AFP)Estudantes americanos protestam do lado de fora da COP 22 em reação à eleição de Donald Trump (Foto: Fadel Senna/AFP)

Os participantes da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 22), em Marrakesh, Marrocos, estão chocados com a vitória de Donald Trump. Eles acreditam que o futuro presidente, apesar de ter negado a existência das mudanças climáticas, não minará o acordo mundial em busca de energias limpas, embora vários tenham classificado sua vitória como um desastre.

A responsável da ONU encarregada dos assuntos do clima, Patricia Espinosa, felicitou Trump – que havia classificado as mudanças climáticas como uma “farsa” e ameaçou “anular” o acordo global – por sua vitória nas presidenciais dos Estados Unidos.

No momento em que 103 países que representam a emissão de 70% dos gases de efeito estufa ratificaram o acordo de Paris, ele não pode revertê-lo, diferentemente do que ele disse”
Segolene Royal, ministra francesa do
Meio Ambiente

“Esperamos cooperar com seu governo para fazer a agenda da ação climática avançar, em benefício dos povos do mundo”, disse Espinosa em uma declaração durante a COP 22, que é realizada na cidade marroquina.

Trump “não pode evitar a implementação” do acordo de Paris, selado na capital francesa em dezembro passado, afirmou, por sua vez, Segolene Royal, ministra francesa de Meio Ambiente e presidente em fim de mandato do fórum da ONU.

“No momento em que 103 países que representam a emissão de 70% dos gases de efeito estufa ratificaram o acordo de Paris, ele não pode revertê-lo, diferentemente do que ele disse”, afirmou Royal em declarações à rádio francesa RTL.

Uma farsa
Além de descrever as mudanças climáticas como uma “farsa”, obra do governo chinês, Trump disse em diversas ocasiões que “renegociaria” ou “cancelaria” o pacto aprovado por 196 países.

Royal destacou que, segundo os termos do acordo, os Estados Unidos devem esperar ao menos três anos antes de poder eventualmente se retirar.

Os diplomatas e empresários focados em fazer com que a economia global evolua dos combustíveis fósseis aos renováveis esperam que o impulso que ganharam se mantenha, apesar dos pontos de vista de Trump.

A eleição de Trump é um desastre, mas não pode ser o fim do processo internacional sobre o clima”
May Boece, diretora-executiva do 350.org

“O presidente eleito Donald Trump foi a fonte de muito debate sobre as mudanças climáticas no último ano”, disse em uma declaração Hilda Heine, presidente das Ilhas Marshall, atingidas recentemente por tempestades devastadoras.

“Mas agora que a campanha eleitoral passou”, acrescentou Heine em sua declaração, “espero que ele se conscientize de que as mudanças climáticas são uma ameaça para seu povo e para países inteiros que compartilham mares com os Estados Unidos, incluindo o meu”, disse.

Christiana Figueres, que liderou as questões climáticas na ONU durante seis anos, até seis meses atrás, disse que Trump deve entender que abandonar rapidamente e por etapas o carvão, o petróleo e o gás “é bom para a economia dos Estados Unidos, para o emprego e o crescimento”.

Alguns grupos ecologistas foram muito menos diplomáticos em suas reações ante o surpreendente resultado da eleição.

“A eleição de Trump é um desastre, mas não pode ser o fim do processo internacional sobre o clima”, disse May Boece, diretora-executiva do 350.org, um grupo global que trabalha a favor do desinvestimento dos combustíveis fósseis.

“Nosso trabalho se torna muito mais difícil, mas não é impossível, e nos recusamos a perder a esperança”, acrescentou.

 

Trump presidente

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O empresário bilionário surpreendeu o mundo ao contrariar as pesquisas e derrotar Hillary Clinton na disputa pela Casa Branca

‘PRESIDENTE DE TODOS’

Mesmo com Hillary Clinton apontada como favorita em praticamente todas as pesquisas de intenção de voto e nas projeções feitas por institutos e pela imprensa, Donald Trump foi eleito o 45º presidente dos Estados Unidos. Em seu discurso de vitória, prometeu reunir a nação e reconstruir a infraestrutura do país, dobrando a economia.

“Serei presidente para todos os americanos”, disse. “Trabalhando juntos, vamos começar a tarefa urgente de reunir nossa nação. É isso que quero fazer agora por nosso país.”

Apoiadores do candidato republicano Donald Trump comemoram em frente à Casa Branca, em Washington (Foto: Joshua Roberts/Reuters)

VITÓRIA EM ESTADOS-CHAVE

Trump conquistou vitórias surpreendentes sobre Hillary em estados-chave para a definição, abrindo o caminho para a Casa Branca e abalando os mercados globais que contavam com uma vitória da democrata.

A maré começou a virar a favor de Trump após as vitórias na Flórida, Carolina do Norte, Ohio e Iowa. Ele ainda se tornou o primeiro candidato de seu partido a ganhar na Pensilvânia desde que George H. W. Bush o fez em 1988.

Quando entrou o número de delegados do estado de Wisconsin na conta da agência Associated Press, Trump alcançou 276 delegados, ultrapassando o limite de 270 necessários para ser o vencedor no Colégio Eleitoral. Veja a seguir a comparação entre a eleição de 2012 e a de 2016:

GIF compara os resultados das eleições de 2012, quando Barack Obama foi eleito, e a de 2016, que deu vitória a Donald Trump

REPERCUSSÃO

vitória de Donald Trump provocou reações pelo mundo que vão desde o espanto até a euforia de líderes de direita.

Vladimir Putin, presidente da Rússia, enviou em um telegrama a Donald Trump dizendo esperar uma melhora nas relações russo-americanas. Expressou a “esperança de que [seja realizado] um trabalho mútuo para tirar as relações entre Rússia e Estados Unidos de sua situação crítica” e “disse estar certo de que será iniciado um diálogo construtivo entre Moscou e Washington”.

Jean-Marie Le Pen, dirigente histórico da extrema-direita francesa e ex-presidente da Frente Nacional, disse “hoje, os Estados Unidos! França, amanhã! Parabéns!”

O resultado da eleição nos Estados Unidos derrubou os mercados de ações pelo mundo. A bolsa de valores de Tóquio perdeu mais de 5% e, na Europa, os principais índices abriram o dia em forte queda. O índice geral da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, por exemplo, abriu em baixa de 2,12%.

AZARÃO

De temperamento explosivo e sem experiência política anterior, o bilionário republicano de 70 anos superou todos os prognósticos e se impôs como um forte adversário.

Começou a disputa como azarão, concorrendo com diversos outros pré-candidatos republicanos pela indicação do partido e com muitos analistas duvidando que ele pudesse alcançar a nomeação.

Com discursos centrados nas frustrações e inseguranças dos americanos num mundo em mutação, tornou-se a voz da mudança para milhões deles.

Nascido em 14 de junho de 1946 no bairro nova-iorquino do Queens, Trump é o quarto dos cinco filhos de Fred Trump, um construtor de origem alemã, e Mary MacLeod, uma dona de casa de procedência escocesa. É casado, pela terceira vez, com a ex-modelo eslovena Melania Trump. Tem cinco filhos e seis netos.

Trump ao lado dos filhos e da mulher Melania Trump (Foto: Jewel Samad/AFP)

CARREIRA

Graduou-se em 1964 na Academia Militar de Nova York, onde alcançou a patente de capitão e vislumbrava seu destino: “Um dia, serei muito famoso”, comentou então ao cadete Jeff Ortenau. Formou-se em Economia na Escola Wharton da Universidade da Pensilvânia e em 1971 assumiu as rédeas da empresa familiar, Elisabeth Trump & Son, dedicada ao aluguel de imóveis de classe média nos bairros nova-iorquinos de Brooklyn, Queens e Staten Island.

Optou por construir torres luxuosas, hotéis, casinos e campos de golfe. Já nos anos 1980, tinha em construção diversos empreendimentos na cidade, incluindo a Trump tower, o Trump Plaza, além de cassinos em Atlantic City, em Nova Jersey.

O jovem Donald Trump (ao centro) (Foto: Reprodução/TV Globo)

Trump gosta de dizer que começou seus próprios negócios modestamente, com “um pequeno empréstimo de US$ 1 milhão” de seu pai.

Em 1996, comprou os direitos dos concursos Miss USA, Miss Universo e Miss Teen, tornando-se seu produtor executivo. Oito anos mais tarde, tornaria-se figura pública ainda mais conhecida ao virar apresentador do programa “The Apprentice”, em que tinha o poder de demitir os participantes.

DENÚNCIAS DE ASSÉDIO

Acampanha eleitoral de 2016 foi considerada uma das mais sujas da história, com acusações e bate bocas entre os dois principais candidatos e na qual mais se falou de defeitos dos concorrentes do que de propostas para o país.

Uma das maiores polêmicas envolvendo Trump foram as denúncias de assédio sexual por mulheres. Algumas relatam que o republicano as beijaram a força, outras dizem que ele colocou as mãos por baixo de suas saias, para tocá-las.

Seis casos foram divulgados após o jornal “Washington Post” divulgar um vídeo em que Trump faz comentários sobre como apalpa mulheres sem seu consentimento. Na gravação, o candidato usa termos vulgares para se referir a mulheres.

O caso gerou mais críticas e retiradas de apoio ao candidato, inclusive por parte de republicanos, e fez com que grandes doadores de sua campanha pedissem o dinheiro de volta. Trump nega todas as alegações.

Summer Zervos diz à imprensa nesta sexta-feira (14) que foi assediada pelo candidato republicano Donald Trump (Foto: REUTERS/Kevork Djansezian)

MURO NO MÉXICO

Sua postura em relação à imigração também repercutiu em todo o mundo. Ele defendeu a construção de um muro na fronteira com o México para impedir a entrada de imigrantes nos EUA. No dia em que apresentou sua candidatura, ele disse:

“Quando o México manda gente para os EUA, eles não estão mandando os melhores… eles estão mandando pessoas que têm muitos problemas e estão trazendo esses problemas para nós. Eles estão trazendo drogas, estão trazendo crime, estão trazendo estupradores, e, alguns, presumo, são boas pessoas”.

Trump prometeu ainda banir os muçulmanos e expulsar todos os imigrantes ilegais que já estão nos EUA, cerca de 11 milhões de pessoas, afirmando que aqueles que comprovarem ser “boas pessoas” serão aceitos de volta de forma legal.

Outras propostas feitas pelo republicano foram o fim do Obamacare, o aumento dos impostos de empresas que deixarem o país e a ampliação dos poderes dos donos de armas que querem se defender.

Donald Trump mostra desenho de muro que diz que será construído no México (Foto: REUTERS/Jonathan Drake)

IMPOSTOS

Os impostos de Trump se tornaram um grande tema da campanha depois que o jornal “New York Times” divulgou parte do seu imposto de renda de 1995 e estimou que Trump provavelmente não pagou impostos por vários anos. O empresário celebridade do setor imobiliário, que é o primeiro candidato em décadas a se recusar a divulgar o seu imposto de renda, não negou a reportagem. Mais tarde, ele disse que tinha “usado brilhantemente” o sistema fiscal norte-americano a seu favor.

Antes disso, durante o primeiro debate presidencial com Hillary, ao responder às acusações dela sobre não pagar impostos federais, o empresário disse que isso o faria “esperto”.

Suas declarações e propostas provocaram um mal-estar entre políticos republicanos e um racha no Partido.

Apesar de afirmar ter US$ 10 bilhões, sua fortuna foi estimada em US$ 4,5 bilhões pela Forbes.

Donald Trump diante de seu helicóptero, em 1988 (Foto: AP)

BAIXO NÍVEL DA CAMPANHA

Durante a campanha e nos três debates presidenciais – um deles bateu o recorde da audiência –, os dois protagonizaram bate-bocas e trocaram comentários ácidos, que contribuíram para a fama do clima de baixo nível.

Trump chamou Hillary de “nasty woman” (mulher repugnante ou mulher nojenta) e disse que se fosse eleito prenderia a democrata, que acusou de ser mentirosa e corrupta. Em um comício, sugeriu que a candidata se drogava antes dos debates. Ao ser questionado em um debate se iria aceitar o resultado da eleição, independente de qual seja, Trump disse iria “olhar isso na hora”, reafirmando sua teoria de que há fraudes no processo eleitoral americano e acusando a imprensa de desonestidade. Depois, durante um comício, disse que reconheceria o resultado “se ganhar”. Nos EUA, é de praxe que o candidato derrotado reconheça a derrota.

Hillary chamou os eleitores de Trump de “deploráveis”, e depois disse que se arrependeu. Em outra ocasião disse que o republicano chora “lágrimas de crocodilo”. Também acusou Trump de ser marionete de Vladimir Putin e provocou o republicano ao dizer que ele é tão saudável quanto o cavalo que o presidente russo monta.

Trump e Hillary durante debate presidencial (Foto: Mark Ralston/Pool/AP)

 

Cientista leva prêmio por pesquisas sobre alimentos que curam doenças

Natural de Tatuí (SP), Adriano Camargo foi condecorado nos EUA.
Prêmio é da Sociedade Internacional de Alimentos Funcionais.

Ex-aluno de escola pública, cientista Adriano Camargo tem 37 anos (Foto: Divulgação/ Rodrigo Alves)Ex-aluno de escola pública, cientista Adriano Camargo tem 37 anos (Foto: Divulgação/ Rodrigo Alves)

Ex-aluno de escola pública e bolsista na vida acadêmica, o pesquisador e cientista Adriano Costa de Camargo, de 37 anos, natural de Tatuí (SP), foi o primeiro sul-americano a receber um prêmio de ciências pela Sociedade Internacional de Nutracêuticos e Alimentos Funcionais por desenvolver pesquisas sobre compostos alimentícios que combatem e previnem doenças. A premiação foi na conferência anual da sociedade, em 11 de outubro, em Orlando, Flórida, nos Estados Unidos. Além de Adriano, um pesquisador do Canadá também foi premiado.

Criada em 2009, o prêmio é concedido todos os anos em função dos resultados dos trabalhos e da trajetória acadêmica. Para Adriano, é um marco. “Sempre gostei de ciências, de estudar, mas, claro, não esperava chegar tão longe como cientista. Lembro que na época de estudante, quando disse que queria tentar uma universidade pública, muita gente foi cética. Tanto amigos da escola pública ou de escolas privadas duvidavam. Isso é bom que eu ressalte. O estudante de escola pública tem que levantar a cabeça, acreditar, se dedicar e dar o seu melhor. Muitos vão pelo caminho mais fácil, uma faculdade particular ou trabalhar sem estudo porque tem medo de fracassar, mas todos podem conseguir”, afirmou em entrevista ao G1.

Segundo Adriano, a Sociedade atua nos cinco continentes com pesquisas sobre o uso de alimentos para funcionalidades médicas e os nutracêuticos, que são medicamentos naturais como suplementos alimentares. Para ganhar o prêmio, é avaliado o currículo e a contribuição de cientistas para a ciência dos alimentos funcionais. Adriano acredita que contou muito o fato de já ter publicado 19 artigos em revistas científicas e por ter escrito quatro capítulos de livros sobre pesquisas relacionadas aos compostos alimentícios que ajudam a curar e prevenir doenças.

Pesquisador fez mestrado e doutorado como bolsista (Foto: Divulgação/ Rodrigo Alves)Pesquisador fez mestrado e doutorado como
bolsista (Foto: Divulgação/ Rodrigo Alves)

“A maioria desses trabalhos está relacionado a identificar compostos alimentícios que combatem a obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes e câncer. Sempre busquei trazer essa aplicação na prática para as pessoas. Além de avaliarem essas participações cientificas, os avaliadores precisaram de meu currículo e de cartas de recomendação. Minha professora do mestrado e do estágio de doutorado, do Canadá, escreveu à sociedade”, diz.

Nesta quinta-feira (20) Adriano apresentou a tese de doutorado que produz há quatro anos na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (USP/Esalq), em Piracicaba (SP). Ele estudou a utilização de sementes de uva e pele de amendoim, dois resíduos da indústria alimentícia, para produzir nutracêuticos. “Uma forma de produzir um produto mais barato ao consumidor e de agregar valor à indústria, o que pode melhorar e economia”, diz.

Diante de tantas conquistas científicas, ele afirma que é impossível não lembrar da época de estudante de ensino médio na Escola Estadual Chico Pereira, em Tatuí (SP), e como se tornou orgulho para a família por chegar onde está. “Para a família e amigos foi como uma medalha olímpica. Eles já falavam ter orgulho por meu esforço, mas parece que o prêmio foi o reconhecimento disso. ‘Bombou’ no Facebook”, diz.

Durante doutorado Camargo estudou usar cascas de uva para nutracêutico (Foto: Arquivo Pessoal/ Adriano Camargo)No doutorado Camargo estudou semente da uva para nutracêutico (Foto: Arquivo Pessoal/ Adriano Camargo)

Carreira
Adriano conta que terminou o ensino médio em 1998 na Escola Estadual Chico Pereira e sempre estudou em escola pública. Após se formar, trabalhou dois anos como concursado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) até fazer o vestibular da USP e ser admitido no curso de química. Desistiu em 2002 porque, segundo ele, queria uma aplicação prática da área.

No Canadá chegou a enfrentar temperaturas de -30°C (Foto: Arquivo Pessoal/ Adriano Camargo)No Canadá chegou a enfrentar temperaturas de
-30°C (Foto: Arquivo Pessoal/ Adriano Camargo)

Ele fez vestibular ainda em 2002 e foi aprovado no curso de ciência dos alimentos pela USP Piracicaba. Durante o curso, Adriano chegou a dar aulas de química em escolas públicas e trabalhou como estagiário. Terminou o curso em 2007 e já foi contratado para trabalhar como supervisor de alimentos e bebidas em uma indústria da cidade.

Em 2009, inscreveu-se para mestrado no Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena/USP) por meio de bolsa da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Começou mestrado em 2010 e terminou em 2012. No mesmo ano foi admitido para o doutorado na USP/Esalq. Durante esses seis anos, viajou três vezes ao Canadá para cursos na Memorial University of Newfoundland, em St. John’s. As viagens foram por meio de bolsas do Programa Ciência Sem Fronteiras e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

“Nesses anos eu tive o incentivo irrestrito de órgãos públicos que financiaram as minhas bolsas de mestrado e doutorado. Também sou grato a todos os membros do meu departamento da Esalq e da Memorial University of Newfoundland, além de todos os meus professores de Tatuí”, ressalta.

Dificuldades
Diante de tantos anos de estudo e do esforço em pesquisas, o pesquisador admite que a vida pessoal foi deixada um pouco de lado. “Quantas noites sem dormir, fins de semanas e feriados. Na época de pesquisa intensa a gente chega no laboratório sabendo o horário de começar, mas não de terminar. Variava de oito a 12 horas diárias de estudo. Muitas vezes meus amigos me chamaram para sair, para conhecer o Canadá, mas eu não pude porque precisei acompanhar meus experimentos”, diz.

Na época do ensino médio, vencer a insegurança por sair de escola pública, acreditar que eu conseguiria… isso foi o mais difícil”
Adriano Camargo, cientista premiado nos EUA

Apesar da abdicação, para o cientista o mais difícil ainda é o começo. “Na época do ensino médio vencer a insegurança e acreditar que eu conseguiria foi o mais difícil. Na época da graduação também foi difícil porque dividia os estudos com o estágio, com o trabalho de professor. Tanto é que na época era um aluno mediano, devido ao momento não conseguia me dedicar por inteiro”, conta.Sair do laboratório tarde era rotina do cientista (Foto: Divulgação/ Rodrigo Alves e Arquivo Pessoal/ Adriano Camargo)

Agora com o título de doutor e o primeiro sul-americano a ser premiado pela Sociedade Internacional de Nutracêuticos e Alimentos Funcionais, o cientista pensa em descansar. “Não sei se voltarei para a iniciativa privada ou me torno professor universitário. Só sei que estou um pouco cansado agora e preciso de uma pausa. Meus amigos brincam se agora poderei sair mais cedo do laboratório (risos)”, completa.


Sair do laboratório tarde é rotina (Foto: Divulgação/ Rodrigo Alves e Arquivo Pessoal/ Adriano Camargo)

Em debate, Trump diz que decidirá ‘na hora’ se aceita resultado da eleição

Hillary e Trump voltaram a trocar ataques em último debate presidencial.
Discussão abordou economia, defesa, imigração e Oriente Médio.

Donald Trump e Hillary Clinton participam do terceiro e último debate presidencial na Universidade de Nevada, em Las Vegas, na quarta (19) (Foto: Reuters/Mark Ralston/Pool)Donald Trump e Hillary Clinton participam do terceiro e último debate presidencial na Universidade de Nevada, em Las Vegas, na quarta (19) (Foto: Reuters/Mark Ralston/Pool)

Hillary Clinton e Donald Trump se enfrentaram diretamente pela última vez antes das eleições em um terceiro debate na noite de quarta-feira(19). O encontro aconteceu na Universidade de Nevada, em Las Vegas, e teve mediação de Chris Wallace, âncora da emissora Fox News.

Na parte mais polêmica, ao ser questionado se irá aceitar o resultado da eleição, independente de qual seja, Trump disse que vai “olhar isso na hora”, não agora. Ele voltou a levantar suspeitas sobre o processo eleitoral, acusando a imprensa de desonestidade. “Não estou avaliando nada agora. Vou olhar na hora”, disse. Pressionado mais uma vez, afirmou: “O que estou dizendo agora é que vou dizer na hora. Vou mantê-los em suspense, ok?”

Hillary reagiu dizendo que esse é um padrão de Trump, que também já acusou o prêmio  Emmy de ser fraudado quando seu reality show “The apprentice” perdeu, e insinuou ainda que o FBI havia sido corrompido quando este deu um parecer que livrava a democrata de uma acusação no caso dos servidor de e-mails. Ela afirmou que o republicano está denegrindo a democracia dos EUA com esse discurso.

Sem cumprimentos
Assim como aconteceu no segundo debate, em 9 de outubro, os candidatos não se cumprimentaram ao serem anunciados.

O primeiro assunto da noite foi a Suprema Corte, já que o próximo presidente terá que indicar um substituto para o juiz Antonin Scalia, morto este ano. Hillary respondeu que espera que o Senado aprove a indicação feita por Obama, sugerindo que deve manter a sugestão de Merrick Garland para o cargo. “A Suprema Corte deve representar a todos nós”, disse, afirmando que, a esta altura da história, o país não pode voltar atrás na igualdade de gêneros, nos direitos LGBT e outros temas.

Trump respondeu que sua indicação será a de alguém “pró-vida” e que irá apoiar a Segunda Emenda (que garante o direito a ter armas) e interpretar a constituição do jeito que “ela foi feita para ser”.

A resposta deu início a uma discussão sobre o porte de armas, com Hillary reafirmando que não é contra esse direito, mas defendendo medidas mais severas de checagem. “Não vejo conflito em salvar as vidas das pessoas e defender a Segunda Emenda”.

Hillary Clinton durante o terceiro e último debate presidencial na Universidade de Nevada, em Las Vegas, na quarta (19) (Foto: AP Photo/John Locher)Hillary Clinton durante o terceiro e último debate presidencial na Universidade de Nevada, em Las Vegas, na quarta (19) (Foto: AP Photo/John Locher)

A polêmica continuou com a discussão sobre o aborto. Trump admitiu que, como deve indicar alguém “pró-vida” para a Suprema Corte, acha natural que a decisão de liberar o aborto seja revogada. Antes, porém, tentou evitar uma resposta direta, afirmando que cada estado deveria poder decidir por si.

Hillary respondeu que não acredita que o governo deva decidir algo tão pessoal e importante na vida de uma mulher. Ela disse ainda que a decisão de fazer um aborto não é algo simples e que em geral é a mais difícil e triste decisão que uma mulher e sua família precisam tomar.

Segurança
Ao comentar imigração e segurança nas fronteiras, Trump disse que sua rival é “a favor do muro” e que chegou a votar por sua construção em 2006. Hillary respondeu que votou por mais segurança nas fronteiras e que continua defendendo isso, mas nunca apoiaria um plano como o de Trump, de erguer um muro na fronteira com o México. A democrata voltou a dizer que não quer separar famílias e acusou Trump de ser um dos empregadores que exploram mão-de-obra de imigrantes ilegais.

O tom das acusações se elevou quando Trump acusou Clinton de querer “fronteiras abertas” e Hillary citou o presidente russo, Vladimir Putin, que já elogiou Trump. Ele respondeu que pessoas como Putin não querem alguém como ela na presidência e a democrata rebateu que eles preferem uma “marionete” na Casa Branca. Trump então se exaltou e passou a interromper a fala da oponente e não dar espaço ao moderador que tentava equilibrar o diálogo.

Hillary também acusou o governo russo de estar por trás do vazamento de e-mails do coordenador de sua campanha. Ela afirmou que 17 agências de inteligência concluíram que os ataques vieram do alto escalão russo e tinham como intenção influenciar as eleições nos EUA. Trump respondeu que não conhece Putin e que obviamente condena qualquer tentativa de interferência russa nas eleições. Ele então voltou a provocar a rival, dizendo que ela odeia Putin porque ele foi “mais esperto” do que ela.

Economia

Donald Trump durante o terceiro e último debate presidencial na Universidade de Nevada, em Las Vegas, na quarta (19) (Foto: Saul Loeb/AFP)Donald Trump durante o terceiro e último debate presidencial na Universidade de Nevada, em Las Vegas, na quarta (19) (Foto: Saul Loeb/AFP)

Ao falar sobre economia, os dois candidatos repetiram os pontos básicos que já abordaram nos outros debates e que sempre citam em suas campanhas. Hillary defendeu o crescimento da economia com mais oportunidades para a classe média, elevação do salário mínimo, igualdade salarial entre homens e mulheres, e criação de empregos com a ampliação do uso de energia limpa. Ela também negou a acusação de Trump de que ela pretenda elevar impostos.

Trump, por sua vez, mais uma vez se queixou de empregos sendo perdidos para países como o México, criticou a política econômica de Obama e disse que irá cortar impostos “maciçamente”.

A troca de acusações continuou, com Hillary dizendo que Trump agora “chora lágrimas de crocodilo”, mas construiu seus prédios com aço chinês, e não americano, e que ele mesmo envia empregos ao México e à China. Em sua resposta, ele questionou o que ela fez nos últimos 15 ou 20 anos, pediu que ela apresente resultados e diz que, quando ela era secretária de Estado, US$ 6 bilhões sumiram. “Ou eles foram roubados, ou…”, não concluiu.

Assédio
Ao ser questionado sobre as mulheres que o acusam de assédio sexual, Trump acusou diretamente a campanha de Hillary de estar por trás dessas denúncias, que classificou como falsas, e acusou sua oponente ainda de contratar pessoas para tumultuar seus comícios. Segundo Trump, os frequentes casos de violência em seus comícios são totalmente culpa dos democratas, que estariam cometendo um “crime” ao pagar pessoas para se infiltrar e causar confusão.

Hillary respondeu citando diversos comentários já feitos pelo republicano sobre mulheres em tom desrespeitoso, inclusive desqualificando algumas delas como não atraentes o suficiente para serem assediadas. Mesmo com a candidata citando frases que ele mencionou em público, inclusive nos outros debates, Trump interrompeu negando todas elas.

A candidata democrata lembrou ainda que as mulheres não foram as únicas ofendidas por Trump, e diz que ele nunca se desculpou pelo que disse a mexicanos, aos pais de um soldado muçulmano que morreu a serviço dos EUA e a um repórter com doença congênita, a quem ridicularizou em um discurso.

Donald Trump e Hillary Clinton participam do terceiro e último debate presidencial na Universidade de Nevada, em Las Vegas, na quarta (19) (Foto: Reuters/Mike Blake)Donald Trump e Hillary Clinton participam do terceiro e último debate presidencial na Universidade de Nevada, em Las Vegas, na quarta (19) (Foto: Reuters/Mike Blake)

Os dois candidatos também confrontaram as realizações de suas fundações. Hillary destacou a ajuda que a Clinton Foundation prestou ao Haiti e Trump respondeu que “eles não querem mais sua ajuda”. Ele disse ainda que 100% do dinheiro arrecadado pela Trump Foundation é destinado à caridade. A democrata rebateu que é impossível saber o quanto disso é verdade, já que ele nunca revela suas declarações de imposto de renda.

Mossul
Iraque e Síria também foram usados por Trump para criticar Hillary, com ele mais uma vez afirmando que ela não fez um bom trabalho como secretária de Estado e ajudou a criar o cenário atual e o surgimento do Estado Islâmico. Ele se mostrou ainda pessimista em relação a Mossul e à batalha pela retomada da cidade iraquiana. “Não vamos recuperar Mossul e o maior beneficiado será o Irã”.

Hillary expressou sua opinião contrária, e disse que acredita na retomada de Mossul. Segundo ela, depois disso o próximo passo será recuperar Raqqa, na Síria. Ela disse ainda que as imagens de Aleppo são assustadoras e que é por isso que não se pode bater a porta na cara de mulheres e crianças refugiadas.

O crescimento a relação entre a dívida e o PIB do país, que seria provocado pelo plano de qualquer um dos dois candidatos, segundo analistas, foi o assunto final. Trump negou, dizendo que irá criar tantos empregos que a economia irá crescer e esse problema não existirá. Já Hillary afirmou não haver evidências de que a economia vai desacelerar, mas disse que as propostas de seu adversário iriam aumentar a dívida.

Trump aproveitou ainda para criticar o Obamacare e diz que ele está “destruindo” a economia do país, enquanto Hillary defendeu o sistema e disse que não irá cortar benefícios.

Ofensa
Durante essa última resposta, ela disse que irá taxar mais apenas os mais ricos e fez uma brincadeira, dizendo que sua contribuição social irá ficar mais cara, assim como a de Trump, “se ele pagar”. Ao ser mencionado, Trump se aproximou do microfone e a atacou: “que mulher nojenta (nasty)”.

G1

Iraque inicia ofensiva para libertar Mossul do Estado Islâmico

Operação deve durar semanas ou mesmo meses.
Cidade foi capturada pelos extremistas em junho de 2014.

Iraque iniciou ofensiva para libertar Mossul do Estado Islâmico (Foto: Khalid Mohammed/AP)Iraque iniciou ofensiva para libertar Mossul do Estado Islâmico (Foto: Khalid Mohammed/AP)

As forças iraquianas iniciaram a ofensiva para libertar Mossul do controle do Estado Islâmico, afirmou em comunicado na madrugada desta segunda-feira (horário local) o premiê iraquiano, Haider al-Abadi, segundo a rede americana de TV CNN.

A operação deve durar semanas ou mesmo meses. A coalizão internacional liderada pelos EUA e as forças iraquianas vêm realizando há mais de um ano ataques aéreos contra posições do EI com objetivo de enfraquecer os jihadistas.

O Iraque concluiu neste domingo a mobilização de suas unidades na cidade de Al Qayara, que fica ao sul de Mossul, em sua preparação para a ofensiva que tem como objetivo expulsar o grupo jihadista da cidade.

Desde a semana passada, as forças iraquianas apoiadas pela aviação da coalizão internacional liderada pelos EUA vêm fazendo seus últimos preparativos para iniciar a ofensiva para libertar Mossul, o último bastião do Estado Islâmico no Iraque.

A cidade, a segunda mais importante do país, foi capturada pelos extremistas em junho de 2014. Neste ano, o EI foi perdendo parte dos territórios que controlava e a maior parte das cidades importantes, sendo Mossul seu domínio mais valioso na atualidade.

Rebelião
Na sexta-feira, o Estado Islâmico desbaratou um plano de rebelião em Mossul liderado por um dos comandantes do grupo que pretendia mudar de lado e ajudar a entregar a capital iraquiana do califado às forças do governo.

O EI executou 58 pessoas suspeitas de participação no complô depois que o plano foi descoberto na semana passada. Segundo testemunhas, os amotinados foram mortos afogados e seus corpos foram enterrados em uma vala coletiva nos arredores da cidade.

Hillary vence 2º debate contra Trump para 57%, nos EUA, segundo CNN

Para 34% dos entrevistados pela emissora de TV, Trump venceu o debate.
Tensão marcou debate sobre refugiados, impostos, saúde e outros temas.

A candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, venceu neste domingo (9) o segundo debate contra seu rival, o republicano Donald Trump, segundo 57% dos consultados pela emissora CNN. Dos entrevistados na pesquisa, 58% disseram antes do debate que apoiavam Hillary.

Os resultados mostraram uma clara vitória para Hilarry, com 57% dizendo que ela venceu, em oposição a 34% para Trump, de acordo com uma pesquisa da CNN/ORC.

Na opinião destes entrevistados, Hillary teve melhor desempenho no debate, mas ele não foi tão bom quanto o do primeiro debate presidencial, quando 62% dos entrevistados pela pesquisa disseram que a candidata democrata havia vencido. Embora Trump tenha perdido o debate, os entevistados também disseram que ele superou as expectativas.

Candidatos voltaram a se atacar
Os candidatos se enfrentaram na noite de domingo em um debate marcado por tensão e troca de hostilidades. Sistema de saúde, crise migratória e impostos, além de temas mais polêmicos como as frases ofensivas de Trump em relação a mulheres e o uso de e-mails de um servidor particular por Hillary enquanto era Secretária de Estado, foram assuntos comentados por eles.

A tensão esteve presente logo no início do debate, quando os dois rivais subiram ao palco e não se cumprimentaram. O encontro, realizado na Universidade Washington em Saint Louis, no Missouri, ocupou o horário nobre da TV dos EUA – iniciou-se às 22h, no horário de Brasília. Algumas das perguntas foram formuladas por eleitores que se declaram indecisos e foram selecionados pelo instituto de pesquisa Gallup para participar do palco.

Uma polêmica recente pautou o começo do debate: o jornal “Washington Post” divulgou, na última semana, um vídeo de 2005, no qual Trump conversa com Billy Bush, do programa “Access Hollywood”, e utiliza termos vulgares para falar sobre a tentativa de conquistar uma mulher casada, não identificada. Na gravação, o candidato republicano diz que, quando se é famoso, mulheres deixam que “você faça qualquer coisa”.

Questionado sobre o vídeo, Trump, que havia se desculpado pelos comentários, minimizou o tema, dizendo que não se orgulha do que falou, mas que “era uma conversa privada”, “entre quatro paredes”, e que “tem grande respeito pelas mulheres”.

Hillary criticou seu oponente em relação ao tratamento às mulheres, e ele rebateu acusando o ex-presidente Bill Clinton, marido da candidata, de cometer assédio sexual. Na plateia estavam presentes quatro mulheres que acusam Bill Clinton de assédio sexual. A presença delas foi considerada uma provocação de Trump à adversária.

Hillary, em seguida, afirmou que seu adversário não tem disciplina para o cargo de presidente – o vídeo, de acordo com ela, representa exatamente quem é Trump, um candidato que rebaixou as mulheres durante a sua campanha. “Ele também atacou imigrantes, afro-americanos, latinos, pessoas com deficiência, muçulmanos e tantos outros”, disse Hillary. Relembrou também que Trump nunca pediu desculpas sobre o que disse acerca desses grupos.

Mulheres que acusam Bill clinton de assédio assistem a debate entre Hillary e Trump (Foto: Jim Young/Reuters)Mulheres que acusam Bill Clinton de assédio assistem a debate entre Hillary e Trump (Foto: Jim Young/Reuters)

Poucas horas antes do debate, Trump voltou a criticar o marido de sua adversária. Ele divulgou em sua conta do Twitter uma entrevista recente com Juanita Broaddrick, que acusou Bill Clinton, em 1999, de tê-la estuprado duas décadas antes. No debate, mulheres que acusam o ex-presidente de abuso sexual estavam presentes na plateia. Trump, em uma das respostas, reforçou que as ações de Bill Clinton são maiores que suas palavras.

Hillary ‘na prisão’
Trump partiu para o ataque à Hillary criticando a adversária por usar o e-mail de trabalho em um servidor privado, na época em que era Secretária de Estado, e ameaçou levá-la perante a justiça se for eleito presidente.

“Se vencer, darei instruções ao procurador-geral de justiça para que nomeie um procurador especial para que investigue a sua situação porque nunca houve tanta mentira e tanta coisa oculta”, disse Trump.

Hillary disse que foi um erro, pediu desculpas, mas relativizou dizendo que não houve evidências de que o servidor tenha sido hackeado, nem que qualquer material secreto tenha caído em outras mãos. Afirmou que teve acesso a segredos importantes, que não foram vazados na época, como a perseguição a Bin Laden.

“É muito bom que alguém com o temperamento de Donald Trump não esteja a cargo da lei neste país”, respondeu Hillary, ao que Trump retrucou: “porque você estaria na prisão”.

Elogio
Um dos momentos mais surpreendentes da noite aconteceu nos últimos minutos do evento, quando um eleitor presente no palco pediu que cada candidato apontasse no adversário um fator que considerasse positivo e que por isso respeitavam. Os candidatos se mostraram surpresos, assim como a plateia, que reagiu rindo.

Hillary disse que respeita os filhos de Trump, mas que não concorda com nada com o que ele falava. Então, aproveitou os últimos momentos da noite para falar sobre sua campanha.

Trump disse que recebia a menção aos filhos como um elogio e que tem muito orgulho de sua família. Por sua vez, destacou na sua concorrente como ponto forte a sua persistência. “Ela não desiste. Eu respeito isso. Eu digo que gosto disso. Ela é uma lutadora”, afirmou Trump. “Considero isso como uma grande característica”, afirmou.

Saúde
Quando questionada sobre o sistema de saúde dos EUA, Hillary afirmou que melhorará o programa Obamacare, criado pelo atual presidente dos EUA. Afirmou que, se ele fosse descartado, como defende Trump, a população voltaria a ficar nas mãos das seguradoras.  “Quero diminuir o preço e aumentar a qualidade”, afirmou a candidata.

Melania Trump cumprimenta Bill Clinton antes do 2º debate entre candidatos à presidência dos EUA (Foto: Patrick Semansky/AP Photo)Melania Trump, mulher de Donald, cumprimenta Bill Clinton, marido de Hillary, antes do 2º debate entre candidatos à presidência dos EUA (Foto: Patrick Semansky/AP Photo)

Trump se mostrou totalmente contrário ao programa de saúde. “Obamacare nunca vai funcionar, porque é caríssimo inclusive para o país”, afirmou. “É um desastre completo.” O republicano disse que é preciso substituir por algo que funcione e que seja mais barato.

Islamofobia
Uma eleitora muçulmana indecisa questionou sobre islamofobia. Trump disse que isso de fato é uma vergonha, mas que é preciso admitir que existe um problema: o “terror radical muçulmano”. Ele citou os ataques de San Bernardino e Orlando, do 11 de setembro e de Paris para reforçar que existe um problema desprezado por Obama e Hillary – este tipo de terrorismo provocado por muçulmanos. Sua proposta é aplicar questionários aos seguidores desta religião que entrarem no país, perguntando sobre suas crenças.

Por sua vez, Hillary disse que deseja que todos tenham seu lugar nos Estados Unidos e que é perigosa a demagogia de Trump contra os muçulmanos. Para ela, os seguidores do islamismo devem se sentir parte dos EUA. Também afirmou que vai combater o “terrorismo violento e jihadista”, que não representa a comunidade muçulmana.

Impostos
Trump disse, durante o debate, que pagou centenas de milhões de dólares em impostos, rebatendo uma crítica feita por Hillary de que ele não divulga sua declaração.Prometeureduzir a carga tributária da população de classe média e reforçou que sua adversária propõe justamente o contrário – o aumento dos impostos.

Hillary respondeu que quer investir nas famílias trabalhadoras, já que os ganhos têm ido para as pessoas que estão no topo da pirâmide de renda. Por isso, aumentará os impostos de quem ganha milhões de dólares.

Síria e Rússia
Sobre a crise na Síria, Hillary mencionou que defende zonas aéreas seguras, sem bombardeios, e que defende a proximidade dos Estados Unidos com seus aliados em terra. Afirmou que deve haver mais investigações sobre os crimes cometidos por russos e pelo regime sírio.

A moderadora Martha Raddatz, jornalista da ABC News, perguntou a Hillary se ela usaria forças americanas em terra na Síria. Ela disse que não, que isso seria um erro, mas defendeu o uso de forças especiais, que treinam as forças locais. A candidata disse esperar que, quando se tornar presidente dos EUA, o já Estado Islâmico tenha sido expulso do Iraque. Afirmou também que considera armar os curdos na Síria, porque são a principal força em terra para combater o grupo extremista.

Já Trump disse que a principal preocupação é atacar o Estado Islâmico. Criticou a “estupidez da política externa” dos EUA, quanto ao Iraque, à Líbia e à Síria, e defendeu o presidente sírio Bashar al-Assad, que estaria “matando o EI”.

Hillary Clinton e donald Trump apertam as mãos após 2º debate (Foto: John Locher/AP)Hillary Clinton e Donald Trump apertam as mãos no final do 2º debate presidencial dos EUA (Foto: John Locher/AP)

Quando foram mencionados os recentes vazamentos de e-mails do Partido Democrata, Hillary denunciou que a Rússia invadiu sistemas cibernéticos americanos para influenciar as eleições a favor de seu adversário.

“Acreditem, eles não estão fazendo isto para que eu seja eleita. Estão fazendo isto para influenciar a eleição a favor de Donald Trump”, disse a ex-secretária de Estado. Em resposta, Trump disse que esta versão era “ridícula”.

Energia
Um eleitor perguntou ainda sobre a política energética, se os candidatos vão investir em energia limpa sem demitir profissionais do setor convencional. Trump disse que os EUA estão matando os negócios energéticos e mencionou que a atuação da China, por exemplo, em levar aço aos Estados Unidos destrói a indústria siderúrgica americana.

Hillary disse que a transição ao gás natural e a um setor energético mais “limpo” é importante por conta das mudanças climáticas e também vai criar novos empregos. Observou ainda que pela primeira vez os EUA estão independentes em relação a energia, o que dá mais liberdade e poder ao país em relação ao Oriente Médio.

Nico vence com Hamilton em terceiro, e Mercedes é tri entre os construtores

Se  o campeonato de 2016 da Fórmula 1 fosse uma roda gigante, Nico Rosberg estaria no topo neste momento. Mais veloz durante todo o fim de semana do GP do Japão, válido pela 17ª etapa da temporada, o alemão venceu com tranquilidade após largar na pole position e ficou ainda mais perto de seu primeiro título mundial. Quem está em baixa é seu companheiro e rival na briga pela taça, Lewis Hamilton. O inglês largou muito mal, caiu de segundo para oitavo, mas ainda conseguiu se recuperar e chegou em terceiro, atrás de Max Verstappen, da RBR. Restando 100 pontos em jogo nas quatro etapas restantes, Rosberg aumentou sua vantagem para Hamilton de 23 para 33 pontos. Confira a classificação completa. Quem saiu feliz do Circuito de Suzuka – além de Rosberg, é claro – foi a Mercedes. Com o resultado, a escuderia alemã selou antecipadamente seu terceiro título consecutivo do Mundial de Construtores.

Nico Rosberg vence o GP do Japão de Fórmula 1 de 2016 (Foto: Getty Images)Nico Rosberg vence o GP do Japão de Fórmula 1 de 2016 (Foto: Getty Images)

Felipe Massa largou em 12º, apostou em uma estratégia de apenas um pit stop e terminou em nono, deixando para trás seu companheiro de Williams, Valtteri Bottas, que fechou a zona de pontuação. Com os dois pontos marcados, o brasileiro voltou ao top 10 da classificação geral. Já Felipe Nasr, da Sauber, chegou na mesma colocação em que largou, o 19º lugar.

Mercedes comemora tricampeonato do Mundial de Construtores (Foto: Reuters)Mercedes comemora tricampeonato do Mundial de Construtores (Foto: Reuters)

Vencedor da etapa anterior, Daniel Ricciardo não teve um dia tão inspirado e chegou em sexto, atrás da dupla da Ferrari, Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen. Destaque para a Force India, que colocou Sergio Pérez e Nico Hulkenberg em sétimo e oitavo. A decepção ficou por conta da McLaren: Fernando Alonso foi apenas o 16º, e Jenson Button, o 18º. A corrida foi marcada por não ter abandonos, fato raro. A Fórmula 1 volta daqui a duas semanas, dia 23/10, com GP dos EUA.

Nico Rosberg, Max Verstappen e Lewis Hamilton no pódio do GP do Japão (Foto: Reuters)Nico Rosberg, Max Verstappen e Lewis Hamilton no pódio do GP do Japão (Foto: Reuters)

Rosberg largou bem e conseguiu impor um ritmo tranquilo, mantendo sempre a diferença para o segundo colocado na casa dos 4s, sem nunca ser ameaçado. Com a vitória tranquila, o alemão da Mercedes chegou a  23ª vitória, igualando Nelson Piquet como o 12º maior vencedor da história da F1. Hamilton teve uma péssima largada, mas fez boa prova de recuperação, superando praticamente todos os adversário que o passaram na largada, menos Verstappen. O britânico bem que tentou passar o rival nas voltas finais, mas viu o holandês fechar a porta na penúltima volta em uma manobra polêmica. Ao menos, Hamilton pode se contentar em ter chegado aos 100 pódios na carreira. Ele é o terceiro a alcançar este número. À frente dele estão apenas Michael Schumacher (155) e Alain Prost (100).

Resultado do GP do Japão de Fórmula 1 em 2016 (Foto: Divulgação)
CLASSIFICAÇÃO DO MUNDIAL DE FÓRMULA 1 APÓS O GP DO JAPÃO (Foto: Divulgação)CLASSIFICAÇÃO DO MUNDIAL DE FÓRMULA 1 APÓS O GP DO JAPÃO (Foto: Divulgação)

A CORRIDA

Dólar fecha em queda, após eleições municipais

A moeda norte-americana caiu 1,41%, a R$ 3,2057.
No ano, o dólar acumula queda de 18,8% em relação ao real.

O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (3), em linha com o exterior e após o resultado das eleições municipais no Brasil, que na avaliação do mercado fortaleceu o governo federal e pode ajudar na aprovação das medidas de ajuste fiscal, destaca a Reuters. À tarde, o movimento de queda ganhou força, influenciado por algum ingresso de recursos de estrangeiros.

A moeda norte-americana caiu 1,41%, a R$ 3,2057. Veja a cotação do dólar hoje. Este é o menor valor de fechamento desde o dia 22 de agosto, quando o dólar terminou o dia vendido a R$ 3,2015.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h10, queda de 0,12%, a R$ 3,2477
Às 9h59, queda de 0,21%, a R$ 3,2449
Às 10h29, queda de 0,5%, a R$ 3,2355
Às 11h19, queda de 0,62%, a R$ 3,2314
Às 12h19, queda de 0,75%, a R$ 3,2272
Às 13h10, queda de 0,62%, a R$ 3,2316
Às 14h29, queda de 0,96%, a R$ 3,2207
Às 15h29, queda de 0,99%, a R$ 3,2194
Às 16h09, queda de 1,33%, a R$ 3,2083

No ano, o dólar acumula queda de 18,8% em relação ao real. Na semana e no mês, há baixa de 1,41%.

“As eleições podem levar o governo federal a acelerar a votação das medidas de ajuste fiscal no Congresso, entre elas, a PEC do teto fiscal. Isso tira um pouco da tensão e do peso do dólar”, disse à Reuters o superintendente Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.

A expectativa é de que a Proposta de Emenda à Constituição que limita os gastos públicos seja aprovada pela comissão especial da Câmara ainda nesta semana, para ser votada pelo plenário da Casa dias 10 e 11, destraca a Reuters.

As medidas de ajuste fiscal são um dos três fatores que o Banco Central observa com atenção para se decidir por um corte da taxa Selic, atualmente em 14,25% ao ano.

Cenário externo
O exterior também tem um clima mais favorável ao recuo do dólar ante outras divisas e contribui para o movimento baixista deste início de trimestre.

“Circularam no final de semana rumores de que o acordo do Deutsche Bank com o Departamento de Justiça norte-americano ainda não tinha sido alcançado, o que seria um fator de estresse. Mas hoje é feriado na Alemanha e o mercado resolveu deixar para digerir isso depois”, disse à Reuters o especialista da Correparti.

O mercado no exterior digeria os bons indicadores da Europa e aguardava os números norte-americanos. A atividade industrial na zona do euro acelerou no mês passado para 52,6, ante 51,7 em agosto, segundo a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).

O petróleo também subia pela manhã, contribuindo para o recuo da moeda norte-americana.

Interferência do BC
O Banco Central vendeu nesta segunda-feira o lote integral de 5 mil contratos de swap cambial reverso – equivalente à compra futura de moeda.Notas de dólar (Foto: Reuters)

Último fechamento
O dólar fechou em baixa na sexta-feira (30), influenciado pela disputa para a formação da Ptax (taxa que serve de referência para uma série de contratos cambiais) e de olho no leilão de linha do Banco Central.

A moeda norte-americana recuou 0,11%, a R$ 3,2517, vendida a R$ 3,2547.

Na semana, o dólar avançou 0,13%. No mês de setembro, teve alta de 0,69%. Em 2016, a moeda tem desvalorização acumulada de 17,6%.

Dólar começa o mês de outubro em queda (Foto: Reuters)

G1

Desmatamento: A falta de água começa aqui

Em área recém-desmatada na Amazônia, Greenpeace destaca importância de proteger as florestas para garantir água e qualidade de vida para as pessoas

O Greenpeace protestou hoje pelo fim do desmatamento em uma área recém-destruída no sul de Roraima (ver mapa abaixo). Pelo menos 4 mil hectares foram desmatados no Estado nos últimos seis meses. Enquanto a floresta cai, o sudeste do Brasil passa pelo mais grave colapso hídrico da história, com os reservatórios registrando níveis muito abaixo da média para a estação chuvosa. A mensagem “A falta de água começa aqui”, colocada em uma área do tamanho de 504 campos de futebol de mata queimada e destruída, é uma lembrança importante de que as florestas são fundamentais para assegurar o equilíbrio do clima e parte vital do ciclo da água.

Sem floresta não tem água.

Em expedições de monitoramento da paisagem a partir da análise de alertas do desmatamento do SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento) do Imazon, o Greenpeace comprovou a derrubada de grandes extensões de floresta na região da BR-174, que liga Manaus, no Amazonas, a Boa Vista, em Roraima, além de queimadas e muita extração de madeira. A retirada de madeira costumar ser o primeiro passo no ciclo de destruição da floresta. Geralmente, o que acontece depois é a remoção da mata por completo para abrir espaço para outras atividades econômicas, como pecuária e soja.

A situação em Roraima é tão caótica que chega a ser pitoresca. Investigações da Polícia Federal revelaram um esquema criminoso de exploração de madeira envolvendo empresas, proprietários rurais, servidores públicos e engenheiros florestais. Entre as principais irregularidades estão fraudes no sistema de controle e transporte irregular de madeira – como um caminhão que consegue transportar madeira para duas áreas diferentes ao mesmo tempo ou uma super motocicleta de 250 cilindradas capaz de transportar 41 metros cúbicos de madeira – o equivalente a 41 caixas d’água de mil litros cheias!

A região palco do protesto é mais um exemplo das irregularidades que se multiplicam pela Amazônia.

Uma das empresas investigadas, a RR Madeiras, tem forte atuação na região e apresenta um longo histórico de irregularidades ambientais. A empresa já foi multada pelo IBAMA em R$ 1,3 milhão por exploração e transporte ilegal de madeira. A RR Madeiras teve suas operações suspensas duas vezes – em 2012 e 2014. Seu proprietário, José Dalmo Zani, foi preso em 2012 durante a operação Salmo 96:12 da Polícia Federal por participar de uma “vasta rede criminosa envolvendo atividades de extração, comércio e transporte de produtos florestais”.

O Greenpeace protocolou hoje uma denúncia no Ministério Público Federal de Roraima e no Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) para que os desmatamentos e planos de manejo aprovados pela Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (FEMARH) sejam auditados.

Precisamos acabar com o desmatamento

Cerca de 19% da floresta amazônica foram destruídos nos últimos 40 anos. Os impactos do desmatamento já podem ser sentidos para muito além das fronteiras da floresta. Mais e mais estudos apontam para a relação entre floresta e a produção de chuva. Só a Amazônia transpira, diariamente, 20 bilhões de toneladas de vapor de água para a atmosfera – volume superior à vazão do rio Amazonas. Toda essa umidade forma os “rios voadores” que são levados, com o vento, para outras regiões do País, irrigando plantações e enchendo reservatórios de água. Ao desmatar a Amazônia, interferimos de forma extremamente negativa no ciclo da água.

“Eventos extremos, como episódios de seca – muito parecidos com a crise enfrentada pelo Sudeste – se tornarão cada vez mais frequentes e mais intensos com as mudanças do clima. Manter a floresta em pé é o nosso passaporte para o futuro, um estoque de fichas para amenizar os efeitos severos das mudanças climáticas”, diz Cristiane Mazzetti, da campanha Amazônia do Greenpeace. “Ao proteger as florestas, garantimos qualidade de vida. Com floresta, tem água, tem comida, tem clima ameno”.

O protesto realizado hoje faz parte da campanha do Greenpeace pelo fim do desmatamento no Brasil. Lançado em 2012, o projeto de lei de iniciativa popular pelo Desmatamento Zero já conta com o apoio de mais de 1,1 milhão de brasileiros. Mas para ser entregue e discutida pelo Congresso Nacional, a proposta precisa de pelo menos 1,43 milhão de assinaturas. A proteção efetiva das florestas passa por ações de governos, empresas e pelo engajamento ativo da sociedade civil. Faça parte do movimento nacional para salvar as florestas brasileiras.

http://salveasflorestas.org.br/?agua&utm_source=referral&utm_medium=p3&utm_campaign=Salve_as_Florestas&utm_content=Noticia_agua

Fonte: http://www.greenpeace.org/

 

Das areias para a neve: por um sonho, cearense se aventura no snowboard

Querendo provar que o sandboard, onde é campeão mundial, pode servir de base
de treinos para competições na neve, Bruno Sales estreia no Campeonato Brasileiro

O sol escaldante de Paracuru, no Ceará, dá lugar ao frio intenso de Curacautín, no Chile. A areia fina não existe mais, e a neve domina a paisagem. Bruno Sales está distante do seu “habitat”, mas cada dia mais próximo do seu sonho. Campeão mundial de sandboard, o cearense de 27 anos deu, em 2015, os primeiros passos da migração para o snowboard e tem metas ambiciosas. Vivendo os extremos, o atleta vê semelhanças entre a radicalidade das dunas de areias e dos vales nevados e quer provar isso logo na primeira vez em que pisa na neve. Neste domingo, Bruno estreia entre os amadores no Campeonato Brasileiro de snowboard na estação chilena de Corralco e, apesar de sair do calor de 40ºC para o frio de 5ºC, tem metas ambiciosas no curto, médio e longo prazo.

Bruno Martins snowboar corralco chile brasileiro - sandboard (Foto: Thierry Gozzer)Bruno Sales faz a sua estreia em competições com neve durante o Campeonato Brasileiro (Foto: Thierry Gozzer)

– Já entrei para esse Brasileiro evoluindo muito, mostrando que o sandboard é um treinamento e uma base para o snowboard. Sonho com uma Olimpíada de Inverno. Cheguei no ápice no sandboard sendo campeão mundial. Dá para chegar nos Jogos Olímpicos, dá para representar o Brasil em um campeonato grande, um X-Games. Meu sonho é estar num lugar desses, passar na televisão, ver a minha família, meus alunos me acompanhando, e representar a minha cidade – garante o cearense.

Bruno Martins snowboar corralco chile brasileiro - sandboard (Foto: Thierry Gozzer)Bruno fez uma campanha para arrecadar fundo e competir no Chile (Foto: Thierry Gozzer)

Bruno começou a encarar as dunas de Paracuru aos 12 anos. Com pranchas improvisadas, descia e mostrava habilidade nas areias. Com 15 anos dedicados ao esporte, conseguiu títulos importantes, como os mundiais de 2013 e 2014. Em 2015, resolveu se aventurar na neve. Primeiro, disputou um campeonato semiprofissional em uma estação indoor no no Sul do Brasil. Ficou com o terceiro lugar na competição semiprofissional. No mesmo ano, em São Roque, São Paulo, beliscou o terceiro lugar na modalidade “Slopestyle”, com descidas e manobras, e o primeiro lugar na “Big Air”, onde os saltos na neve artificial impressionam. Em Corralco, o cearense pisa na neve pela primeira vez graças a ajuda de amigos e internautas que doaram R$ 5 mil para que ele pagasse as despesas da viagem.

– Estou realizando um sonho por estar na neve de verdade. Graças a ajuda de amigos, que estão todos torcendo por mim. No sandboard é tudo mais barato. Quando se trata de frio, tudo fica mais caro. Eu e outros amigos que trabalham com edição de vídeos criamos um vídeo proposta, com uma campanha para arrecadação de fundos, mostrando o meu trabalho com as crianças e o meu objetivo, que é mostrar para as crianças que o sand é uma base para o snow. Consegui juntar R$ 5 mil e estar aqui agora. Em pistas artificiais do Brasil você tem 120 metros de descida. É bem rápido, logo acaba a descida. Aqui você tem uma montanha de quilômetros para fazer as descidas. Passa mais de cinco minutos dropando, descendo todo o tempo – destaca Bruno.

Bruno Sales, sandboard, Brasil (Foto: Reprodução Facebook)Cearense é bicampeão mundial no sandboard e tenta a carreira no snowboard
(Foto: Reprodução Facebook)

Apesar da proximidade de estilo e de dinâmica dos dois esportes, Bruno está se adaptando aos poucos. Mesmo assim, vê mais semelhanças do que diferenças entre os dois e defende que a modalidade das areias sirva como base de treino para futuros atletas de inverno.

– O snow desliza bem mais porque o gelo é água e na areia tem um atrito maior. Na areia você também usa demais o peso de trás das costas e no snow se usa muito a parte da frente e base centrada. As manobras têm o mesmo nome, as mesmas bases, tanto é que usamos as mesmas botas e equipamentos, só muda a prancha, que é feita para a areia também. E aqui na neve você consegue voar bem alto, bem mais que na areia. Tenho certeza que o sandboard pode servir de base de treinos para um futuro atleta de snowboard. Quero provar isso – diz o competidor, que em Paracuru trabalha em um projeto social que ensina sandboard para crianças carentes.

Bruno Martins snowboar corralco chile brasileiro - sandboard (Foto: Thierry Gozzer)Coberto por equipamentos, Bruno tenta se adaptar ao novo esporte (Foto: Thierry Gozzer)

O único empecilho para a completa adaptação está nas roupas de treino e competição. No sandboard, Bruno sempre está no calor, com pouca roupa, às vezes até sem camisa. No snowboard, precisa se cobrir com roupas pesadas e que limitam sua movimentação tradicional.

– Essa é até uma das minhas maiores dificuldades, essa quantidade de roupa. A calça é bem frouxa. Mas tem que ser assim, é muito frio. Lá é mais à vontade, aqui não tem o que fazer. Em todos os campeonatos de sandboard a temperatura varia entre 30ºC e 45ºC. Aqui é essa friaca. Aqui é cinco graus para baixo sempre. A bota é geralmente a mesma, o equipamento de prendê-la também. Muda a prancha, e que no sand não usamos óculos. Aqui usamos porque o sol é refletido na neve e atrapalha a enxergar. O capacete do sand é aberto, não projete a orelha, e no snow é todo fechado. Mas essa vontade de praticar o esporte, de mostrar para os meus alunos que é possível, é o que me motiva ainda mais e me faz vencer o frio, me adaptar perfeitamente e representá-los bem nesse campeonato – diz Bruno.

Na última sexta-feira, Isabel Clark, no feminino, e Lucas Rezende, no masculino, venceram o Campeonato Brasileiro entre os profissionais. Melhor snowboarder da história do país, Isabel também conquistou as duas etapas da Copa Sul-Americana disputadas no Chile. Lucas terminou a primeira em nono e a segunda em sétimo.

G1

Imigrante turco é suspeito de matar 5 em shopping nos EUA, diz polícia

Arcan Cetin, de 20 anos, está legalmente nos EUA.
Ele foi detido em estrada e polícia diz que ele ‘parecia um zumbi’.

O suspeito de atirar dentro de um shopping de Burlington, no estado de Washington, Estados Unidos, no qual morreram cinco pessoas, foi identificado como Arcan Cetin, um imigrante turco, informou neste domingo (25) a polícia estadual.

Trata-se de um jovem de 20 anos residente em Oak Harbor, a cerca de 40 km do local do ataque e onde foi detido, disse em entrevista o responsável policial do condado Mike Hawley.

Cetin, um imigrante procedente da Turquia com residência permanente nos EUA, foi detido quando caminhava junto à estrada depois que a polícia de Oak Harbor localizou seu veículo e tinha sinais de estar desorientado. “Parecia um zumbi”, afirmou Hawley, ao explicar que Cetin, que não estava armado, não ofereceu resistência nem disse nada no momento da detenção.

A detenção aconteceu porque a polícia recebeu vários telefonemas nos quais foram informados que o suspeito estava na região.

Sobre os motivos do ataque, o responsável da polícia disse “não ter nem ideia”, ao mesmo tempo em que acrescentou que os investigadores não descartam que se trate de um ato de terrorismo. Em entrevista antes da detenção do suspeito, o FBI disse que “não há indícios de que tenha sido terrorismo” jihadista, embora não se descarte completamente essa possibilidade.

Imagem tirada de vídeo de segurança do atirador que abriu fogo no Cascade Mall, em Burlington (Foto: Handout via REUTERS)
Imagem tirada de vídeo de segurança do atirador que abriu fogo no Cascade Mall, em Burlington
(Foto: Handout via REUTERS)

Cetin, que não foi formalmente acusado ainda, foi detido no passado “por um assalto” e está na prisão de Skagit County, disse Hawley.

“Ele emigrou da Turquia, mas é um residente permanente legal nos EUA… vamos solicitar (às autoridades federais) que averiguem a imigração”, afirmou Hawley.

O rapaz abriu fogo com um rifle no centro comercial Cascade Mall. Quatro mulheres morreram no shopping e um homem baleado morreu mais tarde, em um hospital.

Após o ataque, o suspeito foi visto caminhando em direção à estrada interestadual, pouco antes da chegada da polícia.

Burlington é um município com cerca de 8.500 habitantes, situado a 105 km ao norte de Seattle e 80 km ao sul da fronteira com o Canadá.

O tenente Mike Hawley, policial responsável do condado (Foto: Karen Ducey / Getty Images / AFP Photo)
O tenente Mike Hawley, policial responsável do condado
(Foto: Karen Ducey / Getty Images / AFP Photo)

 

Temer se reúne com empresários em NY para pedir investimento no Brasil

Compromisso é um dos últimos do presidente em viagem oficial nos EUA.
Temer apresentará pacote de concessões e privatizações a investidores.

O presidente Michel Temer participa de encontro com investidores nesta quarta-feira (21), último dia de sua viagem oficial a Nova York. Na reunião, promovida pelo Council of the Americas (COA), Temer vai falar das oportunidades de investimento no Brasil, em especial do pacote de concessões e privatizações anunciado pelo governo na semana passada.

Nesta terça, Temer foi alvo de um protesto silencioso no plenário da ONU. Antes de o presidente brasileiro iniciar o discurso na Assembleia-Geral, delegações de seis países deixaram o local e não acompanharam a fala de Temer.

Durante a fala, o presidente do Brasil falou sobre a tentativa do país de retomar o crescimento econômico e de atrair investimentos estrangeiros.

Na comitiva que acompanhará Temer está o secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco, responsável pelo plano de concessões e privatizações, chamado pelo governo de “Crescer”.

Além dele, os ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Fernando Coelho Filho (Minas e Energia) também devem participar do encontro nesta quarta.

Dos 34 projetos incluídos no pacote, 15 são da área de eletricidade (distribuidoras e hidrelétricas), óleo, gás, e mineração.

A meta do governo é arrecadar R$ 24 bilhões com concessões apenas em 2017. A previsão é que parte desses projetos sejam leiloados no ano que vem e, outra parte, no primeiro semestre de 2018.

As maiores novidades do programa estão na área de saneamento básico, com a concessão das companhias de água e esgoto em três estados: Pará, Rio de Janeiro e Rondônia. Esses projetos entraram no programa a pedido dos governos estaduais.

Projeto Crescer privatização concessão governo Temer (Foto: Arte/G1)

Aeroportos
Boa parte dos projetos já estava prevista na última fase do Programa de Investimento em Logística (PIL), anunciada em 2015, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Entre eles, estão as concessões dos aeroportos de Florianópolis, Salvador, Porto Alegre e Fortaleza, dois trechos de rodovias e dois terminais portuários.

Em entrevista após o anúncio do pacote, o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, confirmou que os próximos leilões de aeroportos não terão mais a participação da Infraero.

Nas últimas concessões, o governo exigiu que a estatal, responsável pela administração dos aeroportos públicos brasileiros, fosse sócia dos consórcios com 49% de participação.

O modelo do leilão de aeroportos também vai mudar. O governo agora vai fixar uma outorga (paga pelo concessionário pelo direito de explorar uma estrutura pública) e cobrará o pagamento à vista de 25% dela. O vencedor do leilão será quem oferecer o maior ágio (adicional) sobre essa cota de 25%. Além disso, o consórcio terá que pagá-la com recursos próprios.

Os outros 75% da outorga terão valor fixo e serão divididos em parcelas anuais a serem pagas ao governo ao longo do período de concessão. A previsão é que a outorga dos quatro aeroportos que serão licitados seja de pelo menos R$ 3 bilhões.

Ferrovias
O governo Temer vai revogar o decreto do governo Dilma que alterou o modelo de concessão do setor ferroviário. No modelo anterior, a vencedora do leilão constrói e opera a ferrovia, mas o direito de passagem de trens de transporte é negociado pela estatal Valec.

O objetivo era permitir que vários transportadores pudessem usar a estrada de ferro. Entretanto, nenhuma ferrovia chegou a ser leiloada neste modelo.

De acordo com o Ministério dos Transportes, os próximos leilões vão seguir o modelo aplicado durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Nele, as empresas que vencem o leilão também prestam o serviço de transporte de carga.

Entretanto, no modelo do governo FHC há monopólio, ou seja, só a concessionária transporta carga pela ferrovia. Segundo o ministério, o governo Temer pretende que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) faça uma “arbitragem” que permita a outras transportadoras usarem a linha de ferro.

G1

Foto Internet

Equipes de resgate salvam 650 imigrantes e encontram cinco corpos

Marinha italiana e ONG ajudaram em resgates a ocupantes de seis barcos.
Navio militar irlandês recuperou corpos; causa das mortes não foi divulgada.

Migrantes que estavam a bordo de bote são resgatados por voluntários da ONG Migrant Offshore Aid Station na costa da Líbia, na quarta (14) (Foto: Stringer/AFP)
Migrantes que estavam a bordo de bote são resgatados por voluntários da ONG
Migrant Offshore Aid Station na costa da Líbia, na quarta (14)
(Foto: Stringer/AFP)

Equipes de resgate retiraram cerca de 650 imigrantes e recuperaram cinco corpos de barcos em dificuldade ao largo da costa da Líbia nesta quarta-feira (14), informou a guarda costeira da Itália em um comunicado.

A Itália é o foco para centenas de milhares de imigrantes que fogem de conflitos e da pobreza na África, embarcando em barcos frágeis de traficantes de pessoas.

Um navio da Marinha italiana, uma embarcação comandada pelo grupo de salvamento Moas e o navio militar irlandês James Joyce participaram do resgate de seis barcos, disse a guarda costeira. O James Joyce recuperou os cinco corpos.

Migrantes são vistos em bote pouco antes de operação de resgate da ONG Migrant Offshore Aid Station na costa da Líbia, na quarta (14) (Foto: Stringer/AFP)
Migrantes são vistos em bote pouco antes de operação de resgate da ONG Migrant Offshore Aid Station na costa da Líbia, na quarta (14)
(Foto: Stringer/AFP)

As causas exatas das mortes ainda não eram conhecidas, afirmou um porta-voz da guarda costeira, mas os imigrantes muitas vezes “viajam em condições desumanas, mais de 100 pessoas reunidas em botes que seriam adequados para algumas dezenas”.

O porta-voz disse que não poderia dar mais detalhes sobre as nacionalidades dos imigrantes.

G1

Show de Neymar, hat-trick de Messi e pintura de Iniesta: Barça atropela o Celtic

Atacante brasileiro dá quatro assistências e ainda marca um belo gol de falta no Camp Nou

RESUMÃO

  • O JOGO

    Amigos, que noite de futebol na Catalunha. Tudo bem que o Barcelona era muito favorito diante do Celtic, muitos acreditavam em uma vitória tranquila. Mas a goleada por 7 a 0, a aula de futebol e o trio MSN deixaram até mesmo os mais otimistas torcedores catalães incrédulos. Teve gol de tudo quanto é jeito: falta, tabela, golaço… Destaque para Messi, que marcou três vezes, e Neymar, que deu quatro assistências e ainda deixou sua marca nesta terça-feira, em jogo válido pelo Grupo C da Liga dos Campeões que dterminou a maior goleada culé na história da competição.

  • DESTAQUE
  • PRIMEIRO TEMPOCom apenas três minutos, o Barcelona já vencia por 1 a 0. E a jogada que resultou no gol de Messi mostrava bem como seriam os outros 87 minutos no Camp Nou. Neymar recebeu a bola, levantou a cabeça e colocou o argentino na cara do gol. Posse de bola, domínio total do adversário, muito talento individual e coletivo. Aumentar o placar era questão de tempo na Catalunha. E foi isso mesmo o que aconteceu, quando novamente Neymar e Messi fizeram uma jogada de cinema, entraram tabelando na área, até que o hermano completou para a rede. O Celtic ainda perdeu um pênalti. Dembélé bateu para a defesa de Ter Stegen. Boa vantagem no placar, mas enorme supremacia do time espanhol na saída de campo para o intervalo.

  • DESTAQUE
  • SEGUNDO TEMPO Se no primeiro tempo o Barcelona teve a supremacia e o domínio do jogo, na etapa final foi um baile completo de futebol. Mas daqueles que dificilmente o torcedor vai esquecer. Neymar, que tinha duas assistências na conta, marcou de falta. Mas ainda deu mais duas assistências. Messi completou um passe de Suárez para fazer o seu terceiro na partida. O uruguaio, por sua vez, estufou a rede duas vezes. E Iniesta marcou um golaço, mas um golaço… Ele pegou de primeira o cruzamento de Neymar, soltou a bomba e não deu chances para o goleiro do Celtic.

  • DESTAQUE
  • TABELACom a goleada em casa, o Barcelona aparece na liderança do Grupo C da Liga dos Campeões com três pontos e saldo de sete gols. O Celtic está na lanterna. Vale lembrar que a outra partida do grupo entre Manchester City e Borussia Mönchengladbach, que seria realizado na Inglaterra, foi adiado por conta das chuvas. O próximo desafio catalão na Champions será contra o Borussia, dia 18 de setembro, fora de casa.

  • DESTAQUE
  • TRIO MSNO trio MSN não começava uma partida desde o dia 22 de maio, na final da Copa do Rei. Na ocasião, o Barcelona venceu por 2 a 0 o Sevilla e foi campeão. Suárez e Messi foram disputar a Copa América Centenário com Uruguai e Argentina, respectivamente. Neymar optou pela Olimpíada do Rio e conquistou o ouro com a seleção brasileira. Em seguida, todos disputaram partidas das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. Nesta terça-feira, no Camp Nou, o show tão esperado. O argentino fez dois gols e deu duas assistências. Neymar marcou de falta e deu quatro assistências. O uruguaio deu um passe para gol e estufou a rede duas vezes.

     

  • DESTAQUE
  • PINTURAS NO CAMP NOUPense em um jogo com sete gols, e muitos deles golaços! Pois é, lance bonito foi o que não faltou na goleada por 7 a 0 do Barcelona sobre o Celtic. O segundo dos catalães foi uma linda tabela entre Neymar e Messi. Iniesta marcou um gol de placa ao pegar de primeira uma assistência de Neymar. E Suárez mostrou toda sua qualidade ao dominar a bola na área, girar e bater sem chances para o goleiro do Celtic. Que dia no Camp Nou!

    G1

Acordo para cessar-fogo na Síria começa nesta segunda-feira

Trégua foi anunciada por EUA e Rússia na sexta-feira por fim na crise síria.
País vive em guerra há seis anos e já registrou mais de 290 mil mortes

Cidade de Aleppo, na Síria, foi dividida entre pró-regime ao oeste e pró-rebeldes no leste desde 2012 (Foto: GEORGE OURFALIAN / AFP)Acordo de cessar-fogo na Síria começa nesta segunda-feira  (Foto: GEORGE OURFALIAN / AFP)

Começa nesta segunda-feira (12), a partir do pôr-do-sol, o acordo para cessar-fogo na Síria,anunciado por Estados Unidos e Rússia na sexta-feira (9) – e aprovado pelo governo sírio.

O secretário de Estado americano, John Kerry, e o ministro russo das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, que apoiam lados opostos na guerra, anunciaram a trégua durante uma reunião emGenebra, na Suíça, com o objetivo de encontrar uma solução política para a crise da Síria. O país vive em guerra há seis anos e já registrou mais de 290 mil mortes neste período.

De acordo com a resolução, além do cessar-fogo, os países vão fazer melhorias no acesso da ajuda e ataques conjuntos a grupos de militantes islâmicos proibidos.

Após o anúncio, ataques aéreos na cidade de Idlib, na Síria, deixaram pelo menos 60 mortos, no sábado (10) – de acordo com boletim divulgado pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). Em Aleppo, outras 45 pessoas morreram, de acordo com a BBC.

O influente grupo rebelde islamita sírio Ahrar al-Sham rejeitou o acordo alegando que ele servirá apenas para “reforçar” o governo de Damasco e “aumentar o sofrimento” do povo. Este foi o primeiro grupo rebelde a reagir oficialmente ao acordo.

Assad reza em Mesquita em Damasco
O presidente sírio, Bashar al- Assad, rezou nesta segunda-feira (12) em uma mesquita em um subúrbio de Damasco, que tinha sido um símbolo importante da revolta contra ele, até que foi evacuada por combatentes rebeldes e suas famílias no mês passado.

Assad visitou a cidade de Daraya, a sudoeste de Damasco, por ocasião do Eid al- Adha. A entrega de Daraya às forças do governo marcou um golpe significativo para os cinco anos de duração da rebelião contra Assad.

O menino Omran Daqneesh, de 5 anos, aguarda atendimento em uma ambulância, sujo de sangue e de poeira, após ser resgatado dentre escombros de um edifício alvo de um bombardeio aéreo em Aleppo, no norte da Síria. A cena causou comoção nas redes sociais (Foto: Reuters)O menino Omran Daqneesh, de 5 anos, aguarda atendimento em uma ambulância, sujo de sangue e de poeira, após ser resgatado dentre escombros de um edifício alvo de um bombardeio aéreo em Aleppo, no norte da Síria. A cena causou comoção nas redes sociais (Foto: Reuters)

Resolução
Sete dias após o início do cessar-fogo, Rússia e EUA irão estabelecer um grupo que coordenará uma ação conjunta para combater o Estado Islâmico e a Frente Al-Nusra.

A ação inclui acessar todas as áreas cercadas, incluindo Aleppo. Ex-capital econômica do país, Aleppo é um dos bastiões da rebelião para derrubar o presidente Bashar al-Assad, cujas forças têm o apoio terrestre de milícias xiitas de países vizinhos e o apoio aéreo da Rússia.

O secretário americano apelou aos grupos de oposição, que querem a saída de Assad, para que eles se distanciem de todas as formas do EI e da Al-Nusra. “Precisamos ir atrás desses terroristas de uma maneira estratégica, precisa e legal”. “Da complexidade da Síria está emergindo uma simples escolha entre a guerra e a paz”, acrescentou.

Lavrov disse que após a implementação do cessar-fogo, EUA e Rússia vão agir para separar os grupos terroristas de oposicionistas moderados ao governo de Assad. Depois, iniciarão ataques aéreos aos terroristas. Serão determinadas áreas onde apenas as forças aéreas russa e americana poderão agir, explicou Lavrov. A Força Aérea síria vai agir em outras áreas.

Aleppo é controlada por rebeldes desde 2012 (Foto: Reuters/Abdalrhman Ismail)Aleppo está dividida desde julhos

G1